O ministro das infraestruturas 12 (PNS), elogiado por alguns (soube assumir as suas responsabilidades) sobre as boas práticas da ética republicana que o levou a pedir a demissão, mas quem o “demitiu” foi a notícia do Correio da Manhã que por volta da meia noite mostra a quem quiser ver na CMTV a 1ª página do seu jornal, onde dizia “Ministério das Infraestruturas sabia de tudo…” e passado alguns minutos a demissão de PNS estava a chegar às redações dos órgãos de informação. Aqui o problema que se coloca é quem soube dessa informação, todos, ou apenas o secretário de Estado (SE) de PNS, cada um ficará naquilo que lhe parece.
Toda a gente sabe que Alexandra Reis (AR) saiu da TAP a 4/2/2022 e Fernando Medina (FM) entrou para o governo em 30/3/2022, contudo o ministro e todo o seu gabinete, não leem o Expresso, onde em finais de maio, referia que AR tinha recebido uma indeminização milionária da transportadora aérea. Em 1 de julho tomou posse com presidente da NAV sob proposta de PNS e validada por FM. Contudo em 6 do corrente mês FM reconheceu na comissão de inquérito potestativa na Assembleia da República que sabia das incompatibilidades de AR com a TAP, o que não o impediu de a nomear SE do Tesouro que tutela a área financeira da transportadora aérea.
A ministra da Agricultura, que está incompatibilizada com algumas associações do setor, e que enquanto líder da autarquia de Abrantes fez um ajuste direto a uma empresa da família do presidente da câmara socialista de Proença à Nova de 30 oliveiras por mais de 60 mil€, também não sabia de nada sobre a sua (SE) que durou 26 horas no lugar. Ora o jornal Público noticiou que a SE terá informado a ministra sobre o arresto de contas bancárias antes da tomada de posse que aconteceu em 4/1/2023.
Os dois ministros no ativo além dos constrangimentos que causaram neles próprios, estão diminuídos politicamente e como verdadeiros adeptos da ética republicana deveriam demitirem-se.
Apreciei duas palavras do atual CEO da saúde Fernando Araújo, numa entrevista à SIC Noticias, no dia 5 do corrente mês, sobre o método de escolha das pessoas para os lugares de direção e administração, profissionalismo e competência. Sabemos que o nosso hospital está sem direção clínica desde agosto passado e vai ter uma nova administração ainda este mês. Alegadamente, já houve pelo menos uma pessoa, que recusou a presidência do conselho de administração, pois tinha de aceitar a clientela socialista cá do burgo na administração, não lhes deve ter reconhecido profissionalismo e competência. Como disse António Costa, “habituem-se”.