São cada vez mais os estrangeiros que visitam o país e, face ao capital de reputação que a marca “Portugal” tem no exterior, aumenta naturalmente o nível de exigência e de qualidade da oferta, um pouco por todo o país. Os turistas valorizam cada vez mais experiências diferentes, a possibilidade de conciliar lazer com arte, cultura, natureza e outros atrativos. O turismo tem, ainda assim pela frente, novos desafios de renovação estratégica e reposicionamento inteligente da sua cadeia de valor.
O futuro neste setor é prometedor, com a regeneração da atividade e o aparecimento de novas tendências que reforçam a oferta nacional e dinamizam a atividade.
Recentemente ocorreu a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) em Lisboa. Esta exposição é já considerada uma das mais importantes feiras de turismo a nível internacional. Mais de 1.400 expositores, 45.000m2 de exposição, 75 destinos internacionais presentes, e um número de visitantes acima dos 63.000.
A grande maioria dos presidentes das câmaras municipais do país, autênticos “embaixadores” dos seus municípios, esteve presente neste certame de tão importante visibilidade e promoção. Vila Real, o Município fez-se representar pela Sra. Vereadora Mara Minhava.
Não teve o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila Real (PCMVR) interesse, tempo ou disponibilidade para se associar aos restantes presidentes da Comunidade Intermunicipal do Douro, por exemplo, nas iniciativas que foram efetuadas na BTL e juntar a marca “Vila Real” à marca “Douro”, como outros fizeram? Os outros estão a “Avançar”, nós continuamos em “ponto morto”…
Este executivo socialista não tem uma estratégia para o turismo.
Já tínhamos percebido isso, pela ausência deste tema nos discursos, dissertações e elocuções do PCMVR. Fala das Corridas, do Barro Preto e dos Covilhetes, e pronto!
Os dados estatísticos demonstram a pouca frequência de turistas a permanecer (ou passar) pelo nosso território.
A média de idades de quem nos visita é entre os 50 e os 70 anos e os destinos mais procurados são a Casa de Mateus, as Fisgas de Ermelo, o Douro e o centro Histórico.
Não é responsabilidade do PCMVR fazer a diplomacia económica, traduzida na captação de investimento e turistas para o nosso território? De que se está à espera? Turistas existem.
A visitar o país e a região. Há municípios vizinhos que estão, inclusivamente, a aumentar o número de visitantes, em particular o número de dormidas e estadias de turistas nacionais e estrangeiros: Peso da Régua e Chaves, são exemplo disso mesmo.
Esse aumento de fluxo traduz-se numa mais-valia para o comércio e atividade económica local. Se fosse dedicado tanto tempo à promoção do território, das paisagens, dos sítios e das gentes de Vila Real como é, por exemplo, nas redes sociais feita a promoção dos próprios dirigentes autárquicos, certamente os resultados seriam diferentes.
A pergunta que se coloca é a seguinte: porquê tanto amorfismo e tanta falta de interesse?
A falta de interesse gera falta de vontade.