A Câmara Municipal de Lisboa fez chegar os nomes, as moradas e os contactos telefónicos de três manifestantes anti-Input à embaixada russa, em Lisboa e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país. A autarquia assume o erro e os visados dizem-se, agora, com receio pelas consequências.
O caso remonta a janeiro, quando os três cidadãos (dois deles com dupla nacionalidade, russa e portuguesa) organizaram um protesto contra a detenção de um ativista, numa concentração que decorreu junto à embaixada daquele país, em Lisboa.
A notícia, avançada na noite desta sexta-feira pelo “Expresso” e “Observador”, revela que o caso foi tornado público por uma das ativistas que, ao analisar a correspondência então trocada com as entidades envolvidas, reparou que, além dos endereços de email que deviam constar dessa comunicação, como o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP e o Ministério da Administração Interna, estavam também os endereços da embaixada da Rússia e o dos serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Esta notícia foi publicada pelo Expresso e pelo Observador que são órgãos de informação insuspeitos. As mesmas fontes noticiam que a Câmara Municipal de Lisboa reconheceu o erro e já fez uma auditoria interna, estando desde aí, a aplicar novos procedimentos.
As consequências desta espécie de «bomba atómica», num tempo e num espaço em que vale tudo são imprevisíveis. Os valores supremos da Fé, da Pátria, da Família, foram reduzidos a cinzas, como os incêndios de Pedrogão Grande. A justiça tem andado ocupada com os corruptos, com os criminosos, com os políticos e seus corruptores. Essa classe leva tudo e todos, como bulldozers em terrenos pedregosos.
O Presidente da República fez, no dia 10 de Junho, na Madeira um aviso contra os dinheiros da Bazuca. Serviu mais para advertir do que para moralizar. Para se reerguer o País precisa de recomeçar. Não com armas, nem com ameaças, mas com trabalho, sério, coerente, pesado e para todos. Acabar com aqueles que recebem e têm direitos imerecidos. O ditado aconselha: quem não labuta não manduca. Os partidos políticos devem ser exemplos. Têm que acabar com a fidelidade partidária. E não aliciar as marionetas da informação. Os jornalistas têm que respeitar o código deontológico. O país vive dessa casta de comissários políticos que se infiltram nos cursos superiores de comunicação, aliciados por docentes partidários que acompanham desde a licenciatura de três anos, ao mestrado e ao doutoramento. Sirva o exemplo de Pedro Adão e Silva que em função do 25 de Abril de 1974: tem garantido o tacho anual de 63 mil euros, mais direito a manter o ensino superior e outras mordomias. Vai ter uma equipa de 10 técnicos, um secretário, um motorista e o mais que se verá.