Sexta-feira, 29 de Março de 2024
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O Nosso falhanço e a “Bazuca”

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Dinheiro, toda a gente nos empresta – ou até nos dá. Homens ninguém nos dá: temos nós de os formar, de os educar, técnica e culturalmente”.

Creio que é esta a nossa principal dificuldade e a maior causa do nosso atraso e das nossas insuficiências que esta pandemia, cruelmente, veio pôr a nu. O mal não é de agora como salienta António da Câmara que, em escrito recente, nos conta que “em 1548, D. Teodósio discutia em Vila Viçosa com os seus cortesãos o futuro de Portugal. Devíamos apostar no conhecimento ou na riqueza? A maioria inclinou-se para a riqueza e os resultados são conhecidos.” Para ilustrar a pobreza de competência e de sabedoria com que nos confrontamos todos os dias basta olhar para o governo do país em que abundam ministros, secretários de estado, assessores, etc., jovens imberbes, sem qualquer experiência de vida e que, como “garantia” de marca, têm a militância na jota do partido. Muitos apresentam currículos com mestrados, cursos, estágios, congressos, etc., tudo bem encenado, mas que espremido pouco ou nada vale, já que conseguidos em instituições pouco credíveis, com programas pedagógicos fracos e irrelevantes e em que a avaliação das matérias é substituída por equivalências (créditos) de duvidosa validade. É o chamado “xico-espertismo” português a funcionar no seu melhor. E assim, pobres de nós, lá acabamos sempre na comparação com os nossos pares europeus e com raríssimas exceções, nos últimos lugares da lista. O conjunto de trapalhadas e de incompetências que se têm vindo a passar nos últimos meses envolvendo os ministros Cabrita, Van Dunen, Tiago Rodrigues e Marta Temido e o Dr. Ramos coordenador das vacinas, é revelador da incompetência e da desorientação que reina no governo. O vergonhoso primeiro lugar mundial no número mortes e de novas infeções pela Covid-19 que, recentemente, ocupámos durante alguns dias, é evidente que afetou o primeiro-ministro, tanto mais que coincidiu com a nossa presidência europeia. António Costa envergonhado e perturbado por este desastre que nos levou de país bem-comportado a um triste primeiro lugar mundial na pandemia, ficou como que paralisado, não responsabilizando quem devia, demitindo ministros e remodelando o governo, não assumindo, assim, ele próprio, as suas responsabilidades. Churchill fê-lo com a guerra à porta e venceu! Porventura estarão António Costa e o governo toldados com o dinheiro que há de vir da Europa? A verdade é que lhe atribuíram o título de “bazuca”, uma espécie de lança-foguetes ou, quem sabe, um arraial para disfarçar a desgraça que nos espera! E por falar nisso, a esquerda, nomeadamente, os parceiros da “geringonça” não lhes repugna o dinheiro dos capitalistas europeus porque ansiosamente esperamos?

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