As semelhanças ideológicas e comportamentais são indiscutíveis. Personalidades profundamente narcisistas e autocráticas, reforçadas por uma demagogia e uma megalomania que ultrapassam tudo o que se possa imaginar.
Trump distingue-se, desde logo, pela falsa figura com que se apresenta, maquilhado e com o cabelo pintado, pelo “espetáculo” televisivo em que faz gala das suas mentiras e mostra a sua ignorância, para além de outras paranoias conhecidas como a sua propensão para a fraude nos negócios e nas obrigações fiscais, o seu gosto por aventuras sexuais com prostitutas e a sua convivência com pedófilos, caso do seu amigo Jeffrey Epstein.
Politicamente destaca-se pelo seu completo desrespeito pela democracia, como ficou demonstrado no caso do assalto ao Capitólio (casa da democracia americana). No mínimo, o que se pode dizer é que é uma figura pouco recomendável.
A aliança a Putin e à Rússia, quer nas votações na ONU, quer na guerra da Ucrânia em que se pôs claramente ao lado do invasor, ultrapassou tudo o que se poderia esperar. A história dos EEUU em que se destaca no século XX o combate à União Soviética/Rússia está a ser atraiçoada. A sua eleição é semelhante ao que aconteceu na Alemanha de 1933, um dos países mais desenvolvidos do mundo, com um dos povos mais evoluído, social e culturalmente, que elegeu um doente mental como Hitler. Infelizmente, as semelhanças de políticas e de procedimentos entre os dois autocratas não indiciam nada de bom. A “limpeza” dos judeus que Hitler realizou, está Trump a ensaiá-la em relação aos imigrantes, incluindo o recurso a uma cópia de Auschwitz como é a prisão de Guantánamo. Veja-se as ameaças de Trump ao Canadá e à Gronelândia e compare-se com a invasão da Checoslováquia e da Polónia, pelos nazis.
Como alguém disse, os regimes políticos da América e da Rússia com Trump e Putin não são democracias, nem autocracias, nem oligarquias, são “bandidocracias”!
A aliança de Trump e Putin nada fica a dever ao pacto germano-soviético de Von Ribbentrop com Molotov e Estaline!! O que nos anima é que a coragem e a resistência de Zelensky e do seu povo não foi vergada nestes três anos pela poderosa potência militar que é a Rússia. E isto lembra-nos Churchill e o povo inglês que nunca cederam ao cabo nazi.
A parte boa desta história é que o patriotismo, a bravura e a determinação dos dois é semelhante. Mas atenção, porque Trump como Hitler, é um doente perigoso.