“Vemos que a JMJ está a fazer ressurgir o dinamismo que, nos últimos anos, se perdeu por diversas razões”, disse o padre Luís Rafael Azevedo, coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Lamego, adiantando que o grande desafio para este acolhimento da Cruz Peregrina e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani é “fazer uma peregrinação 24 sobre 24 horas, assumindo o dia e a noite”.
A peregrinação dos dois símbolos nesta diocese termina no fim deste mês, com a passagem para Bragança-Miranda, no dia 31, e têm passado por escolas, juntas de freguesias e câmaras municipais, pelos bombeiros voluntários, as santas casas da misericórdia (SCM), lares de idosos e casas de acolhimento, pelos parques e miradouros.
No Miradouro da Boa Vista, em Avões, acompanharam o nascer do sol, e a Zona Pastoral de Resende foi abençoada desde o miradouro de São Cristóvão, foram à piscina de Caldas de Aregos, “tentando ir ao encontro dos jovens neste período de férias”, e ao Centro de Acolhimento Temporário da SCM, em Lamego.
No Centro de Operações Especiais do Exército foram transportados pelos militares, visitaram a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, e participaram numa arruada na cidade, com bombos, bandeiras, e a largada de balões biodegradáveis.
A Cruz Peregrina e o ícone mariano visitaram as Irmãs Dominicanas no Mosteiro de Clausura de Nossa Senhora da Eucaristia, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, e os reclusos no estabelecimento prisional.
Em Tarouca passaram no antigo mosteiro cisterciense de São João, e no centro desportivo onde jovens atletas, de várias modalidades, conviveram e criaram uma tarde desportiva. “Foram dois dias de euforia e noites mal dormidas. Nada superou a minha felicidade de estar presente e participar num momento que se diz ser único nas nossas vidas”, recordou a jovem tarouquense Ana Magno.
Na paróquia de Cambres realizaram uma flashmob, na Ucanha uma jovem que fugiu da guerra na Ucrânia partilhou o seu testemunho, a Sociedade Filarmónica de Lalim tocou o hino ‘Há pressa no ar’, em Penajóia os símbolos integraram um cortejo de automóveis, e em Ferreiros de Avões tiveram passadeiras de flores.