Sexta-feira, 26 de Julho de 2024
No menu items!




Papa preside a Missa do Domingo de Ramos

O Papa Francisco presidiu hoje, na Praça de São Pedro, à Missa do Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, após ter recebido alta, este sábado, do Hospital Gemelli, onde esteve internado desde quarta-feira.

-PUB-

A celebração, que reúne milhares de pessoas na Praça de São Pedro, começou com a bênção dos ramos, sendo que, devido aos problemas que o afetam no joelho, há vários meses, o Papa não acompanhou a procissão, com 400 participantes.

Francisco chegou em papamóvel, sentando-se juto ao obelisco, nos ritos iniciais da celebração, antes de se deslocar para a cadeira da presidência, junto ao altar, diante da Basílica do Vaticano.

Durante a cerimónia, o Papa alertou para a “indiferença” da humanidade perante milhões de “abandonados” em todo o mundo, afirmando que, para os católicos, as pessoas “rejeitadas e excluídas” são “ícones vivos de Cristo”.

Na homilia, alertou para os “muitos ‘cristos abandonados’” do mundo contemporâneo, recordando, como exemplo, um sem-abrigo alemão que, há algumas semanas, morreu “sozinho”, na colunata da Praça de São Pedro.

“Peçamos hoje esta graça: saber amar Jesus abandonado e saber amar Jesus em cada abandonado, em cada abandonada. Peçamos a graça de saber ver e reconhecer o Senhor que continua a clamar, neles. Não permitamos que a sua voz se perca no silêncio ensurdecedor da indiferença”, disse.

“Há povos inteiros explorados e deixados à própria sorte; há pobres que vivem nas encruzilhadas das nossas estradas e cujo olhar não temos a coragem de fixar; migrantes, que já não são rostos, mas números; reclusos rejeitados, pessoas catalogadas como problemas”, elencou.

Francisco deixou ainda um alerta para os “abandonados invisíveis, escondidos”, como as “crianças por nascer, idosos deixados sozinhos – pode ser o teu pai, o teu mãe, os avós abandonados nos lares – doentes não visitados, pessoas com deficiência que são ignoradas, jovens que sentem um grande vazio, dentro de si, sem que ninguém escute verdadeiramente o seu grito de dor e não encontram outra estrada senão a do suicídio”.

O Papa deixou uma palavra de esperança a todos os que vivem o “abismo do abandono, afirmando que Jesus salva a partir dos “porquês” de cada existência e transformando “corações de pedra em corações de carne, capazes de piedade, ternura e compaixão”.

“Cristo, abandonado, impele-nos a procurá-lo e a amá-lo nos abandonados. Porque neles, não temos apenas necessitados, mas temo-lo a Ele, Jesus Abandonado, aquele que nos salvou descendo até ao fundo da nossa condição humana”, indicou.

Numa longa celebração, marcada por momentos simbólicos, Francisco rejeitou a ideia de “espetáculo” e desafiou cada participante a dizer: “Este abandono é o preço Ele que pagou por mim”.

 




APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS




Mais lidas




ÚLTIMAS NOTÍCIAS