Sábado, 27 de Julho de 2024
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Algumas notas sobre a Missa

Decorreu, no último fim de semana, o V Congresso Eucarístico Nacional. É sempre oportuno refletir e continuar sempre a aprofundar o mistério da Eucaristia e a sua celebração na vida da Igreja.

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Como bem o afirmou o Concílio Vaticano II, Ela é a fonte e o cume da vida da Igreja. Dali tudo parte e ali tudo chega. Quanto melhor a Igreja celebra a Eucaristia, com interioridade, verdade e beleza ritual, tanto mais cresce como Igreja e se torna de verdade fermento no mundo, sal da terra e luz do mundo, e mais facilmente pode atrair o olhar do mundo.

Muitos cristãos não lhe dão importância e outros talvez nem sempre a celebrem bem, sendo verdadeira fonte de vida. Nos anos que tenho como padre, vou-me confrontando com necessidades, defeitos e lacunas na celebração da Missa. Recomendaria, antes de mais, que se cuide sempre da disposição com que vamos à Missa. Apesar de se celebrar sempre da mesma forma, é sempre um encontro novo com Deus e com os outros. Se não vou à missa para louvar, me deixar tocar pela palavra de Deus, para crescer no amor e com vontade de ser mais e de partir em missão, valeu pouco a pena “ir à missa”. O ritualismo e a rotina são doenças de que enferma a Igreja e enfermam muitos cristãos. Depois é importante valorizar o silêncio. É um grande desafio nos tempos atuais. Falta silêncio na missa. Sem silêncio, bem sabemos que pouco ou nada é assimilado, o coração não contempla nem adora, passamos pela missa, mas a missa não passa por nós. Estamos a levar entretenimento para dentro da missa para fugirmos ao silêncio. Urge refletir se não estamos a levar muito ruído e superficialidade para dentro da missa, nesta moda de levarmos muitos enfeites para a sua celebração e muitas “coisas engraçadas” para a tornar, segundo dizem, “muito bonita” e mais atrativa, esperando-se que as partes fundamentais passem para se chegar aos enfeites ou às atuações pessoais. Veja-se, por exemplo, o que se passa em muitos casamentos. Se não se vai à missa com vontade de estar com Deus, de dar graças, de se deixar tocar pelo seu amor e se converter e sair para transformar a vida e o mundo, não há missa bonita que nos valha.

Continua a ser penoso ver a missa a ser usada e instrumentalizada para vários fins muito questionáveis, como fazer parte de programas de eventos sem qualquer comunhão eclesial ou pedida por pessoas ou instituições sem motivação de fé, já nem se falando quando são usadas para se realizar homenagens ou celebrar vitórias de guerra.

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