A riqueza gerada corresponde ao Produto Interno Bruto (PIB), sobre o qual se divide o número total de horas trabalhadas.
Desde 1995, Portugal foi ultrapassado por oito países da União Europeia em termos de produtividade por hora trabalhada e em paridade de poderes de compra (ou seja, ajustando o PIB ao custo de vida de cada país). São oito países do leste europeu, que se integraram na UE muito depois de Portugal.
Em 1995, a produtividade por hora trabalhada em Portugal equivalia a 69% da média da UE, sendo que, em alguns dos países que entretanto já nos ultrapassaram, nem sequer se atingia os 30%. É o caso da Roménia (23%) e da Estónia (29%).
Nas últimas 3 décadas, a produtividade em Portugal, em comparação com a média comunitária, manteve-se praticamente inalterada (67% da média da UE, em 2022), não conseguindo convergir com a média da União Europeia (considerando os atuais 27 membros da UE). Nesse período, o nosso país foi progressivamente ultrapassado pelas economias de leste (apesar de termos ultrapassado a Grécia neste período). Em 1996 fomos ultrapassados pela Eslovénia, em 2003 pela Chéquia, em 2007 pela Eslováquia, em 2011 pela Hungria, em 2017 pela Croácia, em 2018 pela Estónia e pela Lituânia e em 2019 pela Roménia.
Portugal é, atualmente, a 5.ª economia menos produtiva da UE, superando apenas a Polónia (67%), a Letónia (64%), a Grécia (57%) e a Bulgária (56%).
Apostar em setores de maior valor acrescentado e de maior produtividade parece ser o segredo para convergir Portugal com a União Europeia e ambicionar ter salários mais altos.