Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Levi Leandro
Levi Leandro
Engenheiro. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

A mulher de César era pragmática?

As figuras públicas do nosso concelho, sobretudo os autarcas socialistas, convivem mal com a crítica política, não gostam de ser escrutinados, apesar de serem eleitos para servir, “democraticamente” têm como lema, quem não é por mim é contra mim.

Vivemos num município onde a autarquia continua a colecionar casos e casinhos. A oposição deve focar-se no essencial e ser firme e determinada, com uma estratégia de um antagonismo sem contemplações contra o PS, do edil nº 1 e do presidente da comissão política (PcP). Hoje, falar verdade na política é um “problema” e predicados como ética, princípios e valores, estão em vias de extinção e os socialistas mostram-no sem qualquer decoro. Vamos debruçar-nos sobre o casinho da empresa Referência Pragmática (RP).

Em 8/8/2022, a sociedade lisboeta RP alterou o seu contrato de sociedade, sediou-se em Vila Real no Régia Park com os seguintes sócios: um penaguiense, alegadamente ligado familiarmente a uma imobiliária 3000 do concelho; uma sociedade investimentos…, ligada a um empresário que começou na área dos pneus e combustíveis, estando há bastantes anos na área das limpezas e é gerente da RP desde 22/7/2022; um ex-vereador e atual diretor do Régia; e o PcP do PS. O capital social é de 5000€, tendo todos 1000€ de capital social, exceto o PcP do PS que tem uma quota amiga de 2000€.

Não é ilegal tais distintos senhores deterem esta sociedade, mas qual será o constrangimento (ou não) de uma construtora, ao negociar com os dois sócios socialistas e com responsabilidades políticas? Poder-se-á colocar um problema de ética, mas como esta tende a desaparecer, ser e parecer, já não importam….

A Pragmática tem um projeto aprovado de 12 T1 em Vila Real, ora, aqui houve, eventualmente, uma incompatibilidade, pois este projeto foi levado à reunião de vereação em 13/2/2023, com um parecer favorável da diretora do planeamento e gestão do território (DPGT), que deve ser uma excelente técnica, com uma ascensão meteórica, entrou na autarquia em 2016, e em pouco mais de 5 anos, foi nomeada DPGT, sendo alegadamente companheira do PcP do PS, ora é justamente por este facto, que surge a eventual incompatibilidade. Mas haverá incompatibilidades para os quase inimputáveis socialistas?

Concluo com o que se passou na assembleia de freguesia de Andrães, em 17/3/22, onde estava em causa a substituição do secretário e tesoureiro, após renúncia dos dois titulares aos cargos. Pelas declarações que li na VTM, só posso destacar pela positiva o carácter do ex-presidente da assembleia de freguesia que se demitiu, pois não pactuou com o modus Vivendi e Operandi do presidente de junta, ao contrário de outros…, abrindo caminho à sua candidatura à freguesia nas próximas eleições….

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