Recentemente o vereador do pelouro das Acessibilidades, Mobilidade e Transportes, escreveu um artigo, onde refere desconhecer as propostas do PSD para estas áreas.
Pois bem, recorde-se senhor vereador que no meio da sua surdez seletiva, a proposta do transporte público gratuito, mais do que debatida na última campanha eleitoral, foi recusada pelo executivo socialista. A mesma que foi implementada em várias cidades e que iria revolucionar o Concelho a vários níveis. Presumimos que só por maldade se pode dizer que não se conhece ou que nunca se ouviu falar.
Este executivo criou a sensação de que o peão era a prioridade, mas temos ruas, como a António de Azevedo, Alexandre Herculano, Cidade de Espinho e outras, onde o passeio é agora local de estacionamento, porque não se soube criar condições de coexistência.
O problema não é a teoria, o problema é a prática.
Onde andou o Sr. Vereador nos últimos 30 anos?
Afinal em que é que ficamos? Ficamos por aqui.
Num outro artigo, a Vereadora do pelouro da Habitação, tenta, através de umas contas básicas, justificar que ao fim de 10 anos fazer zero habitações sociais foi muito melhor do que construir algumas, e que isto sim, é visão e planeamento estratégico. Em vez de assumir o fracasso, atribui as culpas ao PSD por ter construído acima de 300 habitações sociais. Fica por demais evidente que não é especialista em economia.
Tanto no trânsito, como na habitação, por mais que se argumente, é fácil ao leitor comprovar a verdade dos factos.
Vem estes comportamentos do executivo socialista recordar-me a parábola da “Verdade e da Mentira”.
“Certo dia, a Mentira e a Verdade encontram-se. A Mentira disse:
– Bom dia, senhorita Verdade.
Ao ouvir isto, a Verdade foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva e ouvia pássaros a cantar. Uma brisa suave envolvia toda a atmosfera.
Ela viu que realmente era um bom dia. Então respondeu:
– Bom dia, senhorita Mentira.
A Mentira prosseguiu:
– Sinta o calor que faz hoje.
Tendo percebido, que pela segunda vez, a Mentira estava certa, a Verdade relaxou. Então a Mentira convidou-a para um banho no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
– Venha refrescar-se Verdade, a água está deliciosa.
Assim que a Verdade inocentemente tirou suas vestes e mergulhou, a Mentira saiu de fininho das águas, vestiu-se com as roupas da Verdade e foi-se embora.
Dando-se conta do que ocorrera e coerente da sua natureza, a Verdade recusou-se a vestir-se com as vestes da Mentira e, por não ter do que se envergonhar, saiu a caminhar pelas ruas totalmente nua.
É por este facto que, desde então aos olhos de muita gente, é mais fácil aceitar a Mentira vestida de Verdade, do que a Verdade nua e crua.”
As consequências da mentira, levam inevitavelmente a uma perda de confiança. E os vila-realenses, como a restante população portuguesa, estão cada vez mais descrentes e desconfiados do partido socialista.