Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Barroso da Fonte
Barroso da Fonte
Escritor e Jornalista. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Acaba de ser criada em Guimarães  a Ordem Afonsina

Foi fundada em Guimarães a Grã Ordem Afonsina destinada a chamar a si o aprofundamento das questões históricas relacionadas com Portugal e com o seu principal obreiro que foi D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, uma das mais velhas Nações do planeta.

Penso que será a única ou, pelo menos, das poucas que não celebra, nem o dia do seu nascimento, nem o dia do nascimento do Fundador.

Diz o povo que «em casa de ferreiro, espeto de pau». Significa este provérbio popular que Portugal é um país de heróis e de santos e é também um país de muitos doutores, muitos romancistas e muitos contadores de «estórias».
Sabendo-se que o principal herói deste palmo de terra à beira-mar plantado, já nasceu, pelo menos, há 910 anos, é de estranhar que os historiadores profissionais, ainda não se tenham entendido quanto à data de duas das mais simbólicas efemérides que todas as nações celebram festivamente: o dia, o mês e o ano  do nascimento de Portugal e o mesmos elementos do seu patrono.

Ora estes dois eventos nacionais estão encontrados pelos documentos escritos e pela tradição. Para o dia UM de Portugal está sobejamente conhecida: o 24 de junho de 1128, com a vitória na Batalha de S. Mamede e o 25 de julho, dia de Santiago, como o calendário o refere. Num e noutro casos sobram os testemunhos bibliográficos e orais, transmitidos pela tradição que à falta de provas passa a primeiro critério de verdade.

Portugal forma todos os anos ninhadas de licenciados, mestres, doutores e pós-doutores. Uns pagam propinas e outros têm bolsas. Mas além das propinas e das bolsas, o Estado paga por cada um desses graus uma média anual de 6.200 euros, por cada aluno, em qualquer licenciatura.

Dessas discordâncias resultam confusões entre o povo que, desejoso de ter uma data certa para celebrar, em cada ano que passa, mais se debatem com confusões e charlatanices.
Como se compreende que a ciência já tenha ultrapassado a barreira do som, «alunando» no espaço com toda a segurança e não tenha conseguido acertar a data mais próxima da verdade, no que diz respeito ao dia do nascimento do País que somos? Será que Galileu foi o cientista mais inteligente que até hoje veio ao mundo, ao descobrir que é a terra que gira à volta do sol e que é a lua que gira à volta da terra?

Aqueles que já tiveram mais do que tempo, para acertar a data do nascimento da Pátria, ainda não foram além das probabilidades. Já se chegou à Lua e notáveis avanços se fizeram para chegar mais acima do nosso horizonte visual. Mas ainda não houve coragem de encontrar uma forma de, por exclusão de partes, se definir, de uma vez por todas, uma data consensual para o nascimento da Pátria Portuguesa e do seu principal obreiro que foi D. Afonso Henriques.
A Grã Ordem Afonsina acaba de ser fundada para dialogar com todos para dar resposta a estas duas dívidas nacionais.

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