Há também investigações que nos ajudam a compreender quem somos e para onde vamos. Entre esses estudos, alguns indicam que Jesus Cristo percorreu grandes distâncias a pé, por trilhos sem qualquer sinalização. A sua missão era encontrar-se com pessoas, conhecê-las, ouvi-las e auxiliá-las.
De acordo com fontes históricas e bíblicas, Jesus caminhava, diariamente, cerca de quinze quilómetros e, ao longo da sua vida, terá percorrido, aproximadamente, 35 mil quilómetros. A sua dieta desempenhava um papel essencial para manter a sua vitalidade e resistência. Cristo alimentava-se, sobretudo, de peixe e pão integral, sendo este último feito de cevada, pois o de trigo era destinado às classes mais abastadas. O azeite que utilizava era puro e virgem, considerado um autêntico tesouro, tanto na nutrição como na simbologia espiritual. Legumes, fruta e frutos secos também faziam parte da sua alimentação, enquanto a carne, especialmente a de cordeiro, era reservada para ocasiões festivas.
Estudos modernos comprovam que esses alimentos têm um impacto positivo na microbiota intestinal, contribuindo para o equilíbrio físico e mental. A nutrição de Cristo, associada à sua atividade física constante, favorecia a saúde do seu cérebro e a força da sua musculatura. Não é por acaso que, na manhã da sua Ressurreição, Cristo reuniu-se com os seus discípulos junto ao mar da Galileia para um pequeno-almoço de peixe e pão (João 21:9-12). Essa cena reforça a simplicidade e a essência da sua dieta.
Jesus Cristo não foi apenas um exemplo espiritual, mas também um modelo de vida equilibrada, onde a alimentação desempenhava um papel fundamental. A sua dieta natural e rica em nutrientes contrastava com os hábitos alimentares modernos, muitas vezes repletos de alimentos processados, gorduras saturadas e excessos de açúcar. Se hoje procurássemos seguir esse padrão alimentar, certamente teríamos uma população mais saudável, tanto física quanto mentalmente.
Jesus Cristo é o espelho da alma, o exemplo de vida que transcende épocas e culturas. A sua existência simples e desapegada dos excessos ensina-nos a valorizar o essencial. Se a nossa alimentação está diretamente ligada à nossa capacidade cognitiva, ao humor e à saúde mental, podemos imaginar como Cristo, com a sua sabedoria, teria conduzido o mundo se estivesse sujeito às dietas modernas, carregadas de produtos artificiais. Talvez o maior desafio dos nossos tempos seja reencontrar esse equilíbrio perdido, para que a humanidade não se veja refém de uma fragilidade biológica e mental que pode comprometer o nosso futuro.
Sentir borboletas na barriga ou um forte instinto vindo das entranhas deixou de pertencer ao mundo dos mistérios inexplicáveis. A ciência mostra-nos que o que comemos define, em grande parte, aquilo que somos. Talvez, para encontrarmos respostas, baste olharmos para o exemplo de Cristo: caminhante incansável, de espírito forte e alimentação pura, cuja sabedoria permaneceu inalterada ao longo dos séculos.