Todos os flavienses já perceberam que no executivo socialista do município de Chaves não abundam as qualidades necessárias e indispensáveis ao desempenho competente das suas funções.
Na ânsia de mostrar alguma coisa, qualquer coisa, que possa enganar os mais incautos, o PS empenhou-se numa política cultural completamente desajustada, incoerente e sem qualquer sentido face à realidade local e às circunstâncias.
Por um lado, contratou dois concertos online a uma empresa de Cascais, pelo valor de 11.020,00€ (+ IVA). Não se fez qualquer divulgação, logo praticante ninguém assistiu. No final, seria mais barato oferecer um bilhete do NOS Alive (ou de outro festival) a cada espectador.
Por outro lado, foi anunciada a realização da 3ª edição do Festival N2 pelo valor de 60.162,60€ (+ IVA). Quando vários festivais de música foram cancelados, como por exemplo o Rock in Rio Lisboa, devido aos eventuais riscos sanitários, o município de Chaves insiste em fazer certames em agosto tirando visibilidade às tradicionais festas populares e esbanjando dinheiro numa fase em que a cidade está, naturalmente, cheia de emigrantes e turistas.
Faria todo o sentido que um festival como o N2 fosse feito em “época baixa”, colocando Chaves no mapa, noutra altura do ano.
Para além disto, após um ano particularmente exigente e desafiante, é mais importante apoiar as instituições de cultura locais, dando-lhes meios e recursos reforçados para desenvolver a sua atividade, do que enveredar nesta lógica de “torrar dinheiro” a qualquer custo. Se for para aplicar dinheiro na cultura, faça-se com a prata da casa e de preferência no centro da cidade, onde esse mesmo cartaz contribui para a economia local.
É tradição em ano eleitoral o Partido Socialista “comprar votos” através deste tipo de eventos, mas no fundo só demonstra o pânico e a desorientação de quem não tem nada de concreto para mostrar como legado da sua ação política.