Está de parabéns a Nervir.
Temos uma região única, com características socioculturais e geográficas, complementadas com boas infraestruturas, que são pontos essenciais para a criação de uma identidade pela qual nos devemos diferenciar.
Num contexto económico nacional e internacional competitivo, as melhores decisões têm de ser tomadas com a melhor informação possível. É necessário e urgente uma visão estratégica do desenvolvimento da nossa economia local, dotando o ecossistema económico de bases sólidas nas quais serão tomadas as decisões de investimento.
Por curiosidade, fui consultar a página de internet da AICEP (Agência para o Investimento Externo de Portugal), que é a entidade pública que promove a captação de investimento produtivo e a internacionalização da nossa economia, e foi sem espanto que verifiquei que a única informação que aparece relativa ao Concelho é do Régia Douro Park e da sua área de escritórios, coisa pouca, comparado, por exemplo, com Bragança, onde tem a informação, entre outras, do nº de parques empresarias disponíveis, nº de lotes, área do maior e do menor lote disponível. Qualquer investidor interessado consegue ver mais dados disponíveis no site do AICEP, relativos a Bragança do que a Vila Real.
Um investidor ao analisar um município para fazer o seu investimento, procura informações qualitativas e quantitativas sobre o local, por esta razão é importante que o município disponha de informação atualizada sobre os diversos aspetos da cidade, como a economia, sociedade, saúde, educação, recursos humanos, etc.
Também as pessoas são essenciais para o funcionamento das empresas. A mão de obra especializada é um fator decisivo para a atração de investimento e, neste caso a UTAD, com uma capacidade de formar jovens quadros que satisfaçam as necessidades dos investidores e com ganhos na fixação daqueles que querem permanecer no território.
Não vamos lá com anúncios adiados da nova zona industrial ou da ampliação, em mais 18 lotes, da zona industrial de Constantim, esta, já com um anúncio de quase 3 anos (e nada). Vai-se atrasando o desenvolvimento económico desejado do nosso concelho, deixando-nos cada vez menos competitivos em relação a concelhos próximos.
Repeti, incansavelmente, na última campanha eleitoral autárquica, e volto a reafirmar: é urgente um plano estratégico de desenvolvimento económico para Vila Real que seja o resultado de uma reflexão coletiva e alargada dos stakholders do território.
Desejo que Vila Real se torne uma cidade dinâmica, baseada na inovação, no capital humano e na sustentabilidade, e um dia, todos juntos, conseguiremos atingir este desígnio.