Tal como o General Silveira, também o General Sepúlveda pertence à minha Árvore Genealógica, o que me facilita falar-vos dele.
Nasceu em Bragança, freguesia de São João Batista, no dia 12 de abril de 1735 e foi batizado no dia 23. Foi Oficiante o Reverendo José de Morais Antas.
Foram Padrinhos Manuel Gomes de Abreu e D. Mariana Xavier de Santo Agostinho, Religiosa no Convento de Santa Clara, que se fez representar por José Gomes de Sepúlveda, irmão do batizando.
Casou no Rio de Janeiro, Brasil no dia 24 de setembro de 1781, com D. Joana Correia de Sá Velasques e Benevides, filha de Martim Correia de Sá, Alcaide-mor do Rio de Janeiro e Tenente-Coronel, nascida no dia 12 de Agosto de 1758 e batizada na freguesia da Candelária.
Foram Padrinhos da batizanda, Tomé Correia Velasques e Nossa Senhora da Conceição.
Era filho de Manuel Gomes Sepúlveda, natural de Mirandela e de Dona Maria Luísa Pereira, natural de Santo Estêvão, Chaves. Os avós paternos eram oriundos de Braga.
Teve uma carreira militar de grande prestígio pelo que não é de admirar que tivesse ocupado lugares de relevo na carreira militar e também na sociedade civil. Neste e num próximo texto, não me vou referir à sua carreira militar, por esta ser de enorme qualidade e bem conhecida de todos.
Pertenceu ao Conselho da Rainha de D. Maria I e de El-Rei D. João VI, foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real, por alvará de 6 de setembro de 1789, Alcaide-mor de Trancoso, Administrador dos morgadios de Mirandela e Amendoeira, Macedo de Cavaleiros. Foi-lhe atribuída a Grã-cruz da antiga Ordem da Torre e Espada, foi Comendador de São Martinho de Soeira, do bispado de Bragança, foi Comendador da Ordem de Cristo (dispensado de provanças, ou seja, não precisou de apresentar documentos para provar que merecia o título), foi Governador da província do Rio Grande do Sul, no Brasil, onde defendeu valorosamente as fronteiras daquele território, então português, e criou, dentro da sua jurisdição, sete Freguesias, erigindo recolhimentos e seminários de educação.
Os transmontanos homenagearam-no colocando um Painel de azulejos na Igreja Paroquial de São Vicente de Bragança. Nele pode ler-se o seguinte: “o heroico brigantino tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda, na tarde do dia 11 de junho de 1808, nas escadas da Igreja de São Vicente, falando ao povo de Bragança, que o aclama como chefe do movimento que iniciou a Libertação de Portugal do domínio francês”.