Em 1789 fez um requerimento sobre injustiças que foram cometidas no inventário de bens do seu falecido pai, Manuel da Silveira Pinto da Fonseca, com prejuízo para si. Em sua opinião, o Juiz de Fora que tratou o assunto, José Gil Alcoforado, deveria corrigir as partes do inventário do pai, já que em sua opinião, o juiz prejudicou-o em benefício do seu irmão segundo e da cabeça de casal, sua mãe. Ele achava que o juiz tinha sido influenciado por eles para o prejudicarem. Esta conclusão, tirou-a porque, querendo ele deduzir o seu direito de juntar Títulos, licitar muitos bens, o Juiz lhe denegou esse direito passando a fazer umas partilhas dos bens de seu pai, consideradas nulas.
Em 1799 fez habilitação à Ordem de Cristo. No processo que era necessário instruir, Diligência de Habilitação para o Ordem de Cristo, o Rei Don João VI, escreveu o seguinte despacho: “Atendendo ao que me apresentou Francisco da Silveira, hey por bem dispensar nas provanças e habilitações de sua pessoa e havê-lo por habilitado para receber o Hábito da Ordem de Cristo, de que lhe fiz Mercê, dispensando-o outrossim da apresentação de quaisquer certidões”.
Neste tipo de habilitações, o candidato tinha que provar que eram pessoas de bens materiais consideráveis, as chamadas provanças. Por vezes, como foi o caso do Silveira, o Rei dispensou-o de as apresentar, provavelmente pelo que ele tinha feito até então, por Portugal e pela consideração que a Casa Real já tinha por ele.
O Decreto Real teve despacho da Mesa de Consciência e Ordens, de 2 de Abril de 1799, passado no Palácio de Queluz.
A sua notoriedade era já muito elevada e ia crescendo com segurança e sempre devido aos seus méritos pessoais e profissionais.
No aspeto profissional, não admira que um dos seus oficiais lhe fizesse um elogio que foi muito publicitado à época. Foi Joaquim José Lisboa, Alferes do Regimento de tropa de linha de Vila Rica, capitania de Minas Gerais do Brasil quem o fez e o intitulou: “Elogio ao Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Francisco da Silveira Pinto da Fonseca: Dos Valentes antigos Portugueses; Silveira herdaste as ínclitas Acções”. Mais adiante diz: Ah! quanto Portugal te deve, quanto; Pois em Vila Real foste o primeiro; que lhe quebraste as rígidas algemas; Ali absorto o pérfido Maneta; À voz de um só teu grito sucumbindo; Amarelece, pasma, treme e foge. Ainda mais: Tanto as Nobres fadigas te distinguem; Que entre a série de Heróis, Wellesley te aponta; E cheio de prazer contigo ombreia”.