Ultrapassado o golpe comunicacional, esta mensagem sofre de enorme falta de aderência à realidade face à práxis política deste mandato.
Ao longo da presente governação socialista, não houve um rumo ou um caminho, e este, quando esporadicamente existiu, raramente foi certo, concreto ou seguro.
O incumprimento sucessivo e deliberado do compromisso eleitoral de 2017, é a prova da incoerência da ação política do PS, privilegiando a “navegação à vista” à sustentabilidade estrutural das medidas.
Exemplo disto tem sido a gestão municipal da pandemia da Covid-19. Os apoios municipais às famílias e às empresas careceram sempre de coordenação, cooperação, amplitude e concretização.
Com o regresso das restrições a Chaves, por via da evolução epidemiológica, voltaram as incongruências socialistas, de decisões de curto prazo “a la carte”, de natureza exclusivamente eleitoralista.
Ignorando os avisos da oposição e as decisões de concelhos da região, o PS decidiu cancelar alguns eventos, mas manteve outros, tentando com isso transformar 150 mil euros em propaganda.
Insensível às dificuldades da hotelaria e da restauração que sofrem com os efeitos de mais regras, custos e limitações, o PS responde com concertos gratuitos e a promoção de aglomerações no festival N2.
Em troca de uns putativos votos, em setembro, decide-se tudo e o seu contrário, independentemente do mérito das decisões, resultado de um conhecido pragmatismo barato e invertebrado.
Para o Partido Socialista não vale a pena pensar na subida de casos de infeção, nem no exemplo institucional, nem na saúde dos flavienses, o que importa é garantir a reeleição, apesar de tudo e todos. Custe o que custar. Doa a quem doer. Mesmo que sejam os nossos concidadãos as principais vítimas da falta de ética, da irresponsabilidade e da sua negligência política.