Pensada já desde 1823, «a 3 de janeiro de 1917, D. Manuel Vieira de Matos, arcebispo de Braga de 1915 a 1923 e natural de Poiares da Régua, apresentou na nunciatura apostólica de Lisboa um ofício no qual pedia a criação de uma nova diocese em Portugal que coincidisse com o distrito civil de Vila Real. Depois de consultados os bispos de Portugal e de um modo especial o de Bragança, D. José Lopes Leite de Faria, e o de Lamego, D. Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito, pois destas dioceses eram desmembradas freguesias, e com o voto consultivo dos cardeais da cúria romana, foi criada, pelo papa Pio XI, a diocese, pela bula Apostolica Praedecessorum Nostrarum sollicitudo, de 20 de Abril de 1922».
Está definido o programa do copioso ano jubilar, que vai ser lido e apresentado em todas as paróquias, tendo o seu início a 8 de dezembro de 2021 e decorrerá até 8 de dezembro de 2022, com a data da fundação no centro das celebrações. Será um ano com peregrinações jubilares a Vila Real, onde se vai visitar a Sé e exposições evocativas e comemorativas do centenário, colóquios e tertúlias, conferências, exposições, concertos, catequeses, roteiros intergeracionais. Uma série de símbolos serão distribuídos nas paróquias, onde poderão ser adquiridos. Lembro que as celebrações do centenário da Diocese começaram em 2020 e estendem-se até 2023, três anos para se destacar e refletir o passado, o presente e o futuro da Diocese.
Todos os cristãos da Diocese estão convocados para este grande acontecimento e para a festa desta data memorável, mesmo para aqueles que optaram por cultivar uma relação distante ou indiferente com a Igreja. Não é uma festa do bispo e dos seus padres. É toda a Diocese que está em festa, com todas as suas paróquias, instituições, associações e movimentos. Todos devem fazer um esforço por acompanhar e participar com interesse e regozijo, aprofundando-se ao mesmo tempo a pertença e a consciência diocesana. Será um tempo oportuno para se criar unidade e união para se enfrentar os maiúsculos problemas com que se debatem as dioceses e as regiões do interior, e para se revigorar a fé individual e eclesial que alimentou esta notável caminhada de 100 anos. Sejamos todos dignos participantes desta festa. Permanecer unidos é o lema que nos orientará.