Terá noção que entre nós, desde há quatro anos a esta parte, só teremos trocado um eventual bom dia ou boa tarde, por isso acho surreal que uma figura, sua simpatizante, de forma boçal, ande a dizer por aí que sou seu “informador”. Depois, através de outras pessoas, onde algumas delas até recorrem por vezes aos seus préstimos, vão espalhando a mensagem. Contudo, sinto que tenho alguma capacidade de informar os leitores deste jornal.
OPOSIÇÃO
Não vi, desde o início de julho deste ano e até 23 de setembro, data em que enviei este artigo para a VTM, qualquer oposição ao partido socialista. Houve pelo menos três temas que mereciam reparos da oposição para com os socialistas, nomeadamente: os agricultores viticultores, o descalabro que se verifica na AdIN (águas) e a candidatura através de um processo concursal de Rui Santos à Segurança Social. Aproveito para esclarecer que um processo concursal não é uma nomeação… Só que estes três casos têm um denominador comum, Rui Santos, que parece ter um dom. É raro haver alguém que lhe faça oposição…
É tempo de agir e uma ação vale muito mais do que mil palavras. Caro Rui Santos, mostre que é realmente solidário aprovando, em reunião de câmara de hoje (23/9), um subsídio extraordinário para as duas corporações de bombeiros do concelho. Presumo que o vá fazer.
DESAMPARADOS
Como estamos nas vindimas, e sendo o PSD o partido mais português de Portugal, não podem esquecer-se dos viticultores vila-realenses. Estes costumavam entregar as uvas nos “Vinhos Borges” (VB) e neste momento não sabem onde as irão colocar. É inadmissível que a autarquia, durante quase nove anos de negociações (2014 a fim de 2022), primeiro com o diretor do Régia e depois já com Rui Santos, não tenha conseguido arranjar um terreno para que os “VB” construíssem uma nova adega para continuarem a receber as uvas dos viticultores, deixando-os abandonados e causando-lhes um transtorno do ponto de vista financeiro.
Depois, como habitual, veio o “show-off socialista”. A 4 de julho, o presidente ficou de receber os viticultores na CMVR, mas, à última da hora, quem lhes apareceu foi o atual vice e a reunião não terá corrido bem. Lavando as mãos, como Pilatos, a 31 de julho enviaram uma carta ao ministro da Agricultura, assinada por Rui Santos, solicitando, e passo a citar: “Não podendo a CMVR intervir diretamente nesta questão, apelamos a que o Governo de Portugal o faça, ou encontrando formas de compensar financeiramente os produtores, ou criando exceções legais para esta situação.” Aqui surge a demagogia e vitimização dos socialistas ao seu melhor nível. Não conseguiram, em cerca de nove anos, arranjar um terreno para os “VB”, e, em cerca de nove meses, a autarquia de Sabrosa arranjou o terreno, licenciou-o e a “Borges” construiu a nova adega, que está a funcionar há um ano.
Em nove meses fizeram o que outros não conseguiram em nove anos.
CONCLUSÃO.
É crucial que no nosso país se reavalie a relação entre políticos e cidadãos. É hora de os políticos em Portugal, fazerem uma vénia a cada cidadão que lhes paga o salário, em vez de esperarem o contrário.