Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Levi Leandro
Levi Leandro
Engenheiro. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Os Juízes do Tribunal de Contas (TdC) enganaram-se?

O sr. Rui, edil nº 1, considerou que o meu último artigo de opinião, era merecedor de uma resposta “à sua altura”, por isso não foi elevada

Não poupou, mais uma vez, no vocabulário ordinário para rever uma história que, neste jornal, já tive oportunidade de o esclarecer. Desesperado, pois conhece a via da intimidação, sabe que não abdico da minha liberdade, da minha independência e do meu direito de emitir opinião, sempre sustentada, pois a minha voz não tem dono e isso incomoda-o e a quem o acompanha.

A oratória insidiosa que me dispensa tem por objetivo distrair os vila-realenses incautos da desastrosa gestão municipal da qual é o máximo responsável. Da cultura ao urbanismo, passando pelas obras municipais e ajustes diretos, as nódoas são tantas que nem com o spray milagroso “favaíte” desaparecerão.

Julguei que a questão das finanças já tinha ficado resolvida no meu artigo de 14/01/2021, pelo que tenho de sublinhar a sua postura como “gestor de boas contas”; nunca criou um emprego, não sabe o que é pagar IVA ou segurança social, os seus salários são pagos pelo erário público, a única vez que geriu dinheiros privados foi como presidente de uma comissão administrativa do SCVR. Nessa condição contraiu um empréstimo, dando como garantia a sede, a qual reverteu por incumprimento para a banca, erros de cálculo na sua boa gestão, com repercussões negativas à época no seu salário. Acontece aos melhores…. Mas o negócio mais talentoso foi o da Loja do Cidadão, em que pagou com o dinheiro dos munícipes quase 250 mil euros de rendas, com o edifício fechado mais de 22 meses. Uma gestão irrepreensível dos dinheiros públicos. É ótimo em gestão e contas. Parabéns.

Agora vamos aos meus números que tanto afetam o edil. Os Juízes Conselheiros do TdC escrevem no acórdão sobre as piscinas, na página 6, linhas 14 e 15, que “a dívida do município em 30/11/2021 é de 20 774 336, 32€” e, nas linhas 26 e 27 da mesma página, que “a dívida do município em 31/01/2022 é de 20 049 143,78€”.

Sobre a dívida deixada no município, até 25/10/2013 pelo Dr. Manuel Martins, por quem o edil sente um notório complexo de inferioridade, solicitaram os vereadores da oposição, ao diretor do Departamento Administrativo e Financeiro (DAF), qual o montante da dívida à data. Em 24/11/2021 a resposta surgiu, em documento carimbado e assinado pelo diretor do DAF. Seriam precisos 12 979 668,49€, para colocar as contas do município a zero.
Se os doutos Juízes não se enganaram e o DAF também não, 20.049M€ menos 12.980M€, dá pouco mais de 7M€, tal como escrevi no meu artigo.

Este edil sabe que daqui a 2 anos está fora do mapa político do concelho e daqui a 3 da autarquia. Isso torna-o instável e exasperado, levando-o a escrever algumas alarvidades, sobretudo quando diz que eu “continuo a mentir…”, mas sem apresentar, até hoje, qualquer evidência. Olhe, talvez o desculpe, devido ao seu estado psicológico.

Oh Sr. Rui, provas de que mentiu em tribunal tenho-as eu e sabe que já as transcrevi neste jornal, por isso, deixe-se de pelonisses.


Para ver os 2 documentos carregue na palavra “parabéns” que está no texto.

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