Esta é a conclusão de uma sondagem, com mais de 1.200 entrevistas, para o Expresso/SIC.
Entre as reformas políticas propostas, obteve-se uma maior percentagem de concordância (percentagem de inquiridos que responderam “concordo totalmente” ou “tendo a concordar”) em “Devia-se criar mais mecanismos para que os cidadãos pudessem participar mais nas decisões políticas” (85%), em “Devia-se criar mais referendos para decidir assuntos importantes” (82%), em “Devia-se mudar o sistema eleitoral para que as pessoas pudessem votar menos por partidos e mais por candidatos” (76%) e em “Devia-se passar mais poderes do Estado central para as autarquias” (71%).
Por outro lado, existe menos consenso quanto à eventual redução da idade de voto (para 16 anos) ou permitir o voto pelo correio, que recebem 18% e 38% dos votos, respetivamente.
Uma sociedade desenvolvida depende de um forte e eficaz sistema democrático e de uma sociedade civil ativa. Estes resultados deveriam merecer reflexão, perante uma taxa de abstenção de quase 50% nas últimas eleições legislativas e uma classificação de “democracia com falhas” no estudo Democracy Index da revista The Economist.