Vale a pena, por isso, partilhar com os nossos leitores, sobre o que está em causa.
A Nato – Organização do Tratado do Atlântico Norte soma agora 31 países, da Europa e os Estados Unidos, comprometidos com a sua defesa, em caso de conflito militar. A relevância deste posicionamento reforçou-se em 1991, com a “Queda do muro de Berlim”, que deu origem ao fim do império soviético.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, a mando de Putin, veio alertar os países desta Aliança, para a conveniência em estarem vigilantes, pois que, tendo em conta a proliferação de armas nucleares, ninguém pode afirmar que o mundo não está em perigo permanente, aconselhando-se, por isso, a vigilância máxima em termos de defesa dos respetivos territórios.
Saúde-se, por isso, a entrada de mais um país na NATO, que em termos territoriais partilha fronteira de mais de 1300 quilómetros com a Rússia, que não é confiável. Ou melhor, cujos líderes atuais não são confiáveis.
Percebe-se assim melhor, as “movimentações” que países não alinhados, como a China e a Índia, estão a fazer, para aderirem a um destes blocos, o que nos leva a titular, que estamos a viver ”num mundo bipolar”, sendo certo que um desses blocos tem raízes profundamente democráticas, enquanto o outro ainda se move com os registos políticos soviéticos do primeiro Quartel do século passado, de má memória, para todos nós que vivemos neste registo da NATO.
Para perceber melhor o que está em causa, vale a pena registar as palavras do vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, em que resposta ao anúncio da entrada da Finlândia na NATO: “A Rússia vai reforçar a sua capacidade militar no oeste e noroeste do país”. Para quê, perguntamos nós, conhecendo ele que a NATO é uma Aliança “apenas” defensiva, com um compromisso de se juntarem quando estiver em causa a defesa a uma agressão externa de qualquer um dos seus membros. Porque de guerra, ficaram os países “fartos”, sobretudo com o que se passou na 2.ª Guerra Mundial, ainda na memória, de muitos cidadãos destes países. A palavra de ordem tem de ser “Guerra, nunca mais”.
Na altura em que escrevemos, preparam-se as Festividades Pascais. Ocasião para deixar aos leitores, o desejo de uma Boa Páscoa, porque de guerra está o mundo cheio.