Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025
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Armando Moreira
Armando Moreira
| MIRADOURO | Ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Real. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Como travar esta agressão?

Não dá para fugir ao tema da guerra que Putin está a impor à Ucrânia, seu país vizinho, invocando os mais insólitos argumentos.

Daniel Olls, um informático ucraniano natural de Odessa esclareceu: Aqui não há nazismo, vivíamos todos em paz. Putin está a enganar o seu povo e todo o mundo. Diz que na Ucrânia há uma guerra nazi, mas quem parece comportar-se como os nazis na II Guerra Mundial são os soldados russos: começaram a bombardear-nos de madrugada e não pararam de matar civis. Sempre vivi na Ucrânia e nunca fui atacado por um neonazi. É um disparate chamar nazi a Zelensky, de origem judia e russófono.

Testemunhos como este estão por toda a imprensa, bem como as provas de que foi o todo-poderoso Chefe de Estado Russo que decidiu iniciar uma guerra, com a finalidade, mais que demonstrada, de anexar os territórios Bálticos, com fronteiras com os países da NATO, que garantem a defesa dos países da Europa.

Alguns analistas vão mais longe, admitindo que o sr. Putin deseja mesmo refazer todo o antigo Império Soviético, que ruiu como um baralho de cartas.

Tudo se poderia aceitar, se esse fosse o desejo da população desses territórios independentes. Ora, o que se confirma na Ucrânia, é que as pessoas preferem arriscar a própria vida e defender a sua liberdade. São já incontáveis os mortos que este conflito provocou. Os Ucranianos não estão só a defender a sua terra, estão também a defender os valores da democracia, com uma coragem que já nos vai faltando a todos.

Nada desculpa a agressão russa, nada justifica o não recurso às vias diplomáticas e políticas para resolução dos diferendos e não há notícia que ajude a aceitar tanta violência. Não há precedentes morais para o horror! – como escreveu António Barreto numa análise a este conflito.

O Presidente dos Estados Unidos não teve meias palavras ao declarar: Putin é um criminoso de guerra.

É urgente que as organizações internacionais como a ONU, a NATO e a União Europeia, acionem mecanismos no sentido de fazer sentar no banco dos réus, todos os criminosos que alegadamente têm estado a praticar atos abomináveis, como são os ataques indiscriminados a hospitais, escolas e residências.

Pedir-se-á também a essas Organizações que trabalhem rapidamente para encontrarem forças militares ou outros meios de interposição no terreno, que obriguem o beligerante, a Rússia, a sentar-se à mesa das negociações, mas com os combates suspensos.
Só com declarações de boas intensões a guerra parece que não parará.

E, de boas intenções está o mundo cheio.

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