Quinta-feira, 30 de Março de 2023
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Manuel R. Cordeiro
Manuel R. Cordeiro
Professor Catedrático aposentado da UTAD. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

General Sepúlveda, ilustre transmontano – II

Como é natural, o destaque que o General Manuel de Sepúlveda teve ao serviço de Portugal levou a que lhe fossem concedidas Mercês por parte dos Reis de Portugal e ocupasse lugares de relevo, tanto na área militar como na área civil.

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O facto de o seu pai ter sido um militar distinto e se ter distinguido tanto na área civil como na militar, foram um incentivo para ele ter chegado a ser um distintíssimo militar.

O seu pai ocupou por duas vezes, em 1719 e 1740, o lugar de Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela.

Foi Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra.

Sucedeu nos vínculos e casa de seu pai, no dia 13 de março de 1755.

Faleceu em Lisboa no dia 28 de abril de 1814.

Dos seis irmãos que teve, dois tiveram João como primeiro nome e os dois atingiram grande notoriedade. Um era formado em Direito de Cânones pela Universidade de Coimbra, tendo feito diligência de habilitação à Ordem de Cristo em 12 de outubro de 1750. O outro foi o Capitão de Cavalaria na Província da Beira, Moçambique, e faleceu nessa altura.

Entretanto, o Manuel foi promovido a Brigadeiro por Carta Régia de 14 de junho de 1774 e nomeado Governador da Praça de Bragança, por decreto de 22 de novembro do mesmo ano. Estas distinções foram justificadas pelos serviços por ele prestados ao Reino de Portugal. O Manuel fez Autos de Justificação com o João formado em Direito, para mostrarem que eram irmãos legítimos e únicos herdeiros do João que faleceu. Com estes autos pretendiam receber as tenças que ele teve em vida.

Do seu casamento com Dona Joana Correia e Benevides, teve sete filhos, todos nascidos em Bragança e batizados na freguesia de Santa Maria: Maria Inácia, Ana Clara, Teresa, António, Bernardo, Manuel, João António e José António.

Os que mais se distinguiram foram o António e o Bernardo. O primeiro foi Major da Praça de Bragança e foi o primeiro Visconde de Ervedosa, com grandeza, em sua vida, criado por Dona Maria I, Rainha de Portugal, por decreto de 13 de maio de 1815 e Carta de 19 de maio do mesmo ano.

O Bernardo foi deputado às cortes de 1821, comendador da antiga Ordem da Torre e Espada, cavaleiro da Ordem Militar de S. Bento de Avis, brigadeiro do exército, governador das armas da corte e província da Estremadura, em 1821. Foi agraciado com a medalha de comando durante a Guerra Peninsular e serviu de ajudante-general do exército Lusitano. Foi Fidalgo Cavaleiro. Segundo o Abade de Baçal, faleceu em Paris no dia 9 de abril de 1833.

Bragança esteve ligada a dois momentos de grande importância para Portugal e para Trás-os-Montes: o casamento secreto de D. Pedro I e Dona Inês de Castro e foi o local de onde partiu a oposição às Invasões Francesas, em que o General Sepúlveda teve ação destacada.

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