Ao longo da minha vida, fui-me cruzando com alguns e pensei o que me distingue.
Algumas pessoas pararam de ler aqui, por pensarem: pouca coisa te distingue.
Na verdade, convenhamos, que o burro até consegue ter mais força do que eu, andar mais tempo do que eu e fazer uma série de coisas melhor do que eu.
Mas, há algo que me distingue. E a si?
Bem… não sei quem me está a ler, mas acredito que sim. Parece que nos esquecemos do mais elementar conhecimento, do mais simples… e que deveria ser automático… Sermos humanos.
E enquanto humanos que estamos a progredir na nossa carreira profissional, ter a melhor casa, ter isto e aquilo, estamos a usar o nosso tempo e energia “a não ser humanos”.
Neste caminho, podemos preocupar-nos com os outros.
Quantos de nós param a olhar para o lado?
Quantas vezes telefonamos para os vossos pais ou avós esta semana?
Esta semana, este mês, este ano, será que dissemos mais vezes mal de alguma coisa ou bem de outra?
Confesso que me incluo no grupo de pessoas, onde muito do meu tempo já foi passado a criticar, nem sempre bem alicerçado nos factos, procurando corrigir estas atitudes.
Terá sido humano?
Para mim não, pois ser humano é cuidar dos outros.
É perceber que as nossas ações desencadeiam outras no outro, que posso ou devo criticar apenas e só quando é necessário e nos locais apropriados. Passo e devo espalhar coisas boas, energia positiva e alegrar os outros, porque vejam bem, eles são humanos como eu!
Façamos pelos outros aquilo que queremos que façam por nós. Não somos rivais, não somos adversários nem concorrentes e quando o somos por necessidade do mercado, também poderemos ser parceiros na concorrência. E sabe porquê?
Porque, no fim do dia somos todos humanos.
Eu quero que o leitor seja um ser humano.
Assim seja.
Nota final: O burro em Trás-os-Montes é bem tratado. No aeródromo de Mogadouro, de vez em quando, fazem-se festivais como o “Red Burros Fly IN”, que tem como protagonista o burro, legando a sua utilidade a quem precisa dele.
Bem hajam, sejam humanos.