Domingo, 27 de Abril de 2025
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Mário Lisboa
Mário Lisboa
Tenente-Coronel da Força Aérea. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Este país que vivemos

Os espanhóis têm uma expressão que sempre nos parece brilhante: “Se me enganas uma vez, que vergonha para ti; se me enganas duas vezes, que vergonha para mim”.

Um reformado que vê a sua pensão roubada por um burlão que se faz passar por um funcionário do Banco de Portugal, anunciando este, andar no terreno a recolher notas fora de circulação, vai desconfiar do próximo engravatado bem falante que lhe bater à porta.

Em suma, não gostamos de ser enganados e quando o somos, tentamos tudo para que a graça não se repita.

O enganador fica “marcado”, tem de ouvir cara a cara “não me enganes outra vez” e, se começa a enganar muita gente, é rotulado de “aldrabão”.

Estranhamente, abrimos uma exceção para os políticos. Esses podem enganar-nos as vezes que quiserem, repetidamente.

Enfim, um candidato a governante que promete e não cumpre, das duas, uma, ou já sabe quando for eleito não vai cumprir, e é um aldrabão ou até quer cumprir, mas não arranja os meios, e é um incompetente.

Em qualquer dos casos, indigno de confiança. Finalmente, que promete e não cumpre.
Em funções de governação devia sempre cultivar a verdade.

As várias linhas férreas em Trás-os-Montes foram sendo desativadas, caso do troço da linha do Corgo de Vila Real para a Régua, por ter havido um desastre na linha Tua que ligava a povoação do Tua até Bragança. Nestes casos, as populações ficaram sem transporte, tendo de ir a pé ou de táxi para ter acesso a este tipo de veículo.

Não há semana nenhuma em que alguns políticos não anunciem isto e aquilo, sabendo de antemão que a sua concretização não é fácil ou então muito demorada pelos excessos de burocracia ou outras razões pouco conhecidas.

Dentro de alguns meses iremos ter as eleições autárquicas. Os candidatos já preparam os seus discursos, argumentando, prometendo e fazendo outras coisas para no final ficar tudo na mesma.

Finalmente, confiamos na personalidade que é, sem dúvida, o Papa Francisco que nas suas atitudes e preleções defende o humanismo e a esperança de melhores tempos.
Que Deus Nº Senhor Jesus Cristo lhe dê mais anos de vida para poder continuar a sua missão de defensor da humanidade a que todos pertencemos por direito próprio.

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