Que cheirosa era a querida avó! Dela recebi beijos e beijava-a com o amor que só um neto que gosta e conhece, sempre no respeito que era inquestionável entre avó e neto, como se aquele beijo fosse o suporte contra as prováveis tempestades que encontraria lá fora. Aquele beijo verdadeiro e puro era a minha certeza de segurança.
De vez em quando, as modernices do tempo são apresentadas na RTP, no programa “Prós e Contras”, aparecendo um professor a defender que uma criança não deveria ser forçada pelos pais a beijar os avós, por essa obrigatoriedade constituir violência sobre a criança.
Realmente, que parvoíce é esta? O que se está a incutir nas mentes frágeis dos miúdos que seria suposto cresceram despreocupados e saudavelmente sem esse tipo de dúvidas e medos.
Nesta época assiste-se a atentados sexuais a crianças em percentagens alucinantes, em que pessoas nojentas e asquerosas deveriam estar atrás das grades. Apesar de algumas estarem já devidamente arredadas, ainda, assim, as crianças e os mais jovens vivem numa permanente insegurança.
E é assim, em vez de olharem para os idosos, avós, tios e outros ascendentes com o respeito e consideração, há pessoas que se calhar nunca mantiveram uma família autêntica, entretêm-se a destruir o melhor que há nesta vida, que são os pais e os avós, e estes últimos são pais duas vezes.
Felizes aqueles que têm a felicidade de conviverem com os avós, que realmente são e serão os mentores das nossas vidas.