A celebração solene da promulgação do título está prevista para a próxima segunda-feira, memória litúrgica de S. Bartolomeu dos Mártires, e será presidida por D. José Cordeiro.
A atribuição do título foi concedida pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que reconhece a importância deste templo na ação pastoral, litúrgica e espiritual bem como o seu valor patrimonial e arquitetónico.
A igreja distingue dois tipos de Basílicas: as Maiores e as Menores. As Basílicas Maiores, antigamente conhecidas como basílicas patriarcais e hoje chamadas de basílicas papais, estão, diretamente sob autoridade do Papa. Têm privilégios especiais e abrigam um altar e um trono papal. Nos Anos Santos abrem as suas “Portas Santas”.
As Basílicas Maiores são Arquibasílica de São João de Latrão, Basílica de São Pedro, Basílica de Santa Maria Maior e Basílica de São Paulo Extramuros, todas na cidade de Roma.
As Basílicas Menores é um título honorífico concedido pelo Papa a igrejas em diversos países do mundo consideradas importantes pela sua ação liturgica e pastoral, pela importância histórica e arquitetónica do templo.
Em 2014, a igreja-santuário de Santo Cristo de Outeiro, na diocese de Bragança-Miranda também foi elevada a Basílica, sendo a única em Portugal situada em meio rural.
O início da construção da igreja matriz de Moncorvo (Nossa Senhora da Assunção) remonta ao ano de 1544 no local provável de um templo paroquial primitivo.
Situada no Largo General Claudino, em pleno centro histórico da vila, a nova Basílica apresenta um estilo quinhentista, com uma fachada onde domina uma possante torre sineira, com relógio, e rematada por balaustrada. A sua planta é retangular e tem três naves à mesma altura, bem como uma capela-mor retangular, absidíolos, sacristia e alpendre lateral.
Na sua parte inferior situa-se um belo pórtico renascentista. No interior existem retábulos dos séculos XVII e XVIII e um magnífico órgão de tubos no coro alto.
A igreja é um dos imóveis com maior valor arquitetónico do distrito, considerado mesmo Monumento Nacional desde 16 de junho de 1910.
A proposta de elevação a Basílica foi lançada por D. José Cordeiro e acolhida com grande júbilo pela paróquia. Contou com a colaboração da Conferência Episcopal Portuguesa (que na Assembleia Plenária de junho de 2020 deu parecer positivo), do Conselho Presbiteral da Diocese de Bragança-Miranda, da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, da Direção Regional de Cultura do Norte, da Junta de Freguesia de Moncorvo, da Unidade Pastoral de São José e de muitas pessoas e instituições.
O templo tem culto regular e pode ser visitado de terça-feira a domingo, das 09h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30.