Sexta-feira, 23 de Maio de 2025
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Armando Moreira
Armando Moreira
| MIRADOURO | Ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Real. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Para onde caminha a China?

O que é a vitória na Ucrânia?

Pergunta que cada um de nós estará a fazer intimamente, por perceber que enquanto esta vitória não for anunciada, todo o mundo, incluindo o nosso, estará em risco.

Joe Biden, presidente norte americano, na visita que fez a Varsóvia – Polónia, afirmou no seu discurso, que “a Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia”, no que é acompanhado pelas capitais europeias. Nesta sua reflexão, sobre um ano de guerra da Rússia à Ucrânia, mostrou que se Putin contava com a indiferença dos países ocidentais e esperava indecisões face ao apoio a conceder à Ucrânia, se enganou. Putin e os seus colaboradores falharam também na análise sobre a capacidade de unidade da NATO.

Aparentemente, os dirigentes ucranianos, os principais interessados com o fim deste conflito, vêm definindo a sua vitória na guerra, como a recuperação de todo o território perdido para a Rússia, reparações pela agressão do Kremlin e a constituição de um Tribunal Internacional para julgar os culpados pelas atrocidades cometidas contra a sociedade ucraniana.

Aparentemente, a comunidade internacional está dividida, entre aqueles que condenam a agressão da Rússia e aqueles que seguem o discurso de Putin, querendo reescrever a história, e entendendo que a Ucrânia é território da ex-União Soviética e por isso deve desaparecer como nação.

Um recente acordo entre a Arabia Saudita e o Irão, países tradicionalmente adversários, coloca de repente à comunidade internacional, a dúvida sobre como é que a Arabia Saudita, tradicionalmente apoiante dos E.U.A., se irá posicionar face à Rússia e ao Irão, que tem vindo a conceder um apoio massivo à Rússia, com o fornecimento de “drones” – uma arma mortífera que tantos danos tem causado às populações indefesas da Ucrânia.
Também a China, que até agora parecia ter uma posição de neutralidade neste conflito, a visita ao Kremlin de Xi Jinping, pode indiciar uma mudança do rumo na sua política internacional, tanto mais que as suas relações com os E.U.A., já tiveram melhores dias.

Não se poderá esquecer que o apoio que os E.U.A. continuam a dar a Taiwan – território que a China considera como parte integrante do seu país, não é muito bem aceite por esta.
Esperar-se-ia que a China pudesse ser um ator importante na mediação do conflito que decorre no leste europeu, visto que a NATO, pela sua situação geográfica, jamais poderá desempenhar esse papel.

Não estamos a ver nenhum outro país, com estatuto de neutralidade, para desempenhar este importante papel.

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