Irá realçar a necessidade de melhorar o apoio à amamentação reduzindo as desigualdades que existem na sociedade, com especial atenção à amamentar em tempos de emergências e crises.
A amamentação pode ser um fator de igualdade na nossa sociedade e devem ser feitos esforços para garantir que todos tenham apoio e tenham oportunidade para amamentar. É fundamental que ninguém fique para trás, principalmente as mães vulneráveis que podem precisar de apoio adicional para a prática da amamentação. Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, na sua habilidade de se proteger de infeções, na sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
O leite materno é uma fonte sustentável de alimento, pois não produz poluição e não gasta energia, água ou combustível para a sua produção, armazenamento e transporte, diferentemente dos substitutos do leite materno. Ajuda a reduzir os custos do sistema de saúde, minimizando o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Adicionalmente, contribui para a melhoria da nutrição, educação e saúde da sociedade.
O leite materno protege contra diarreias, infeções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a probabilidade de desenvolver obesidade. A amamentação oferece diversos benefícios à mulher, reduz o risco de hemorragia no pós-parto, de desenvolver cancro de mama, ovários e colo do útero no futuro. Além disso, fortalece o vínculo entre mãe e filho. Nos primeiros 6 meses de vida o bebé deve ser amamentado exclusivamente e de forma complementada até aos dois anos ou mais.