A coragem, caraterística, entre outras, que admiro num líder, de se apresentar ao jogo democrático com uma visão para uma cidade, distrito ou mesmo país é algo que julgo ser fundamental, porque, apesar de primeiramente configurar uma decisão íntima e pessoal, é o momento em que a afirmação das nossas convicções remete o taticismo silencioso para um plano inferior.
O tiro de partida promove a construção de novas ideias e realidades políticas que serão basilares para o fortalecimento da maturidade política, condição fulcral para olhar o futuro.
Estou convencido que as lideranças sem pensamento político podem até gerir o presente, todavia terão muitas dificuldades em inspirar os seus eleitores e, principalmente, desvendar o futuro, contribuindo para a desilusão que se vai perpetuando enquanto sentimento de exclusão.
Sonhar e fazer sonhar é para mim uma necessidade na política portuguesa, a única forma inclusiva de transmitir ideias e, sem a mais ínfima dúvida, a esperança necessária para aspirarmos a uma vida melhor em comunidade.
O desafio, num mundo onde são muitos os políticos do possível, é encontrar aqueles que sejam capazes de fazer o impossível.