É por isso que vejo com alegria a evolução e dinamismo d´A Voz de Trás-os-Montes que, apesar da provecta idade, continua atenta às mudanças que acontecem à sua volta, e aposta na atualização do seu formato. Qualquer organização, seja um jornal, seja um Município, tem que apostar na adaptação dos seus procedimentos e posicionamento, sob pena de não corresponder às necessidades atuais.
Esta é também a nossa postura no Município de Vila Real. Muito daquilo que projetamos e executamos é uma resposta à consciência de que os territórios não são estáticos. Quer falemos de urbanismo, educação, ação social, ambiente, um autarca moderno não pode cingir-se a gerir o dia a dia ou a perpetuar um qualquer imaginário coletivo. Pelo contrário, um autarca tem a obrigação de antecipar o futuro e preparar o território que está circunstancialmente incumbido de gerir para as necessidades de amanhã.
Estas mudanças não são sempre fáceis. O ser humano tem uma tendência natural para resistir à mudança e para se sentir confortável com aquilo que conhece. Quando, por exemplo, alteramos a configuração da Avenida Carvalho Araújo, adaptando-a aos novos paradigmas de acessibilidade e mobilidade, sabemos que estamos a tocar no imaginário coletivo dos Vila-realenses, que sempre reconheceram uma determinada imagem. Mas tal como acontece hoje, a Avenida teve várias mudanças ao longo das décadas, e configurações adaptadas às necessidades da população. Como costumo dizer, haverá quem goste tanto de Vila Real como eu, mas ninguém gosta mais do nosso concelho do que eu. Se, enquanto Presidente de Câmara, promovo uma reabilitação profunda da Avenida, é porque tenho a informação técnica relevante que me faz acreditar que esta será uma boa mudança. Só vos posso pedir que confiem na minha visão.