Trata-se de Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia desde há cerca de cinco anos.
O eurodeputado alemão David McAllister chama-lhe um “Pássaro Madrugador”, realçando que é uma mulher extremamente trabalhadora, que lê pilhas de documentos e que sabe liderar a Comissão de uma forma competente, conseguindo orientar e pressionar os 27 estados-membros a procurarem soluções europeias em situações de crise.
Johannes Gruber, do European Policy Center, afirma que ela começou o mandato a dizer que queria ser uma Comissária Geopolítica, mas nessa altura não adivinhava os problemas que lhe surgiriam, em particular com o aparecimento da Covid 19, que quase parou o continente europeu. A forma como liderou a comissão nesse período, levou a revista Forbes a titular Ursula como a “mulher mais poderosa do mundo”. Tão difícil como a pandemia foi o aparecimento inusitado da guerra introduzida na Europa pelo líder russo, que é um espinho que ainda não se conseguiu extirpar.
A forma como sabe comunicar é essencial para o seu estilo de liderança política. E numa cidade como Bruxelas, onde a informação é ouro, sabe como ser ela a primeira a dar a notícia, o que nem sempre cai bem entre os seus pares da Comissão, como aconteceu quando se discutia a forma de travar os preços da energia.
Ao longo da história, houve mulheres com idêntica intervenção: Margaret Thatcher, Primeira-ministra do Reino Unido, Isabel II, Rainha da Inglaterra e Angela Merkel, a Chanceler da Alemanha. Indo mais longe no tempo, lembro a Senhora Indira Ghandi, com um desempenho notável na União Indiana, notáveis exemplos, como foi o da Madre Teresa de Calcutá, com uma intervenção memorável a nível da ação social .
Também o nosso país regista ao longo da nossa história, de nove séculos, a presença de muitas mulheres com intervenções na vida social, que todos nós conhecemos e quiçá até os nomes estão já no esquecimento. Nós não ficaríamos de bem com a nossa consciência se não registássemos o nome neste nosso apontamento, da maior de todas as mulheres, que cada um de nós conheceu – a sua Mãe. É essa mulher, que cada um de nós teve, que já mais esquecerá. Porque essa é pertença exclusiva de cada um de nós.
Obrigado, Mãe.