A capacitação dos presidentes dos clubes é muito importante. São eles que, em conjunto com os restantes membros do conselho diretor, têm a tarefa de diagnosticar as necessidades das pessoas que vivem nas localidades onde o clube está inserido. Só com diagnósticos bem feitos é que Rotary cumprirá o seu objetivo de apoiar os que mais precisam.
As minhas prioridades foram dar atenção aos mais jovens que pertencem aos INTERACT e aos ROTARACT clubes, para os ajudar a implementar os seus projetos, aproveitando a sua irreverência, a sua bondade e a sua capacidade de trabalho. Assim, eles contribuirão para criarmos uma sociedade mais justa e mais tolerante.
Nos nossos Rotary clubs, os cônjuges desempenham um papel muito importante em cada ano rotário, tanto nos clubes como a nível do Distrito rotário.
No ano em que fui governador, o chamado projeto dos cônjuges teve como alvo a erradicação da poliomielite do Mundo e a educação dos mais jovens.
Para isso foi necessário angariar fundos. A publicação de uma história sobre a pólio foi a estratégia seguida. A autora foi uma jovem escritora brasileira, Simone Gonçalves, que a escreveu e que teve o título de “Caminhadas na Brum”, que tem como protagonistas duas crianças da mesma terra e a estudar na mesma escola, de classes socias muito diferentes e ambas tiveram a poliomielite. O ponto comum às duas crianças foi que nem uma nem outra tinham sido vacinadas contra esta doença.
Com a venda de três mil livros pelos clubes do Distrito 1970 foi possível entregar à Fundação Rotária de Rotary International mais de vinte mil dólares, suficientes para vacinar milhares de crianças por esse Mundo fora. Com outras iniciativas de angariação de fundos levadas a cabo, conseguimos fazer vários outros projetos que tiveram como alvo as crianças de Timor, de Moçambique e de Portugal. Os cônjuges dos membros dos nossos Rotary Clubs podem sentir-se orgulhosos do muito que contribuem para os projetos que os sucessivos governadores implementam.
Correspondendo aos pedidos de vários companheiros rotários, resolvi organizar um seminário sobre a interioridade. Escolhi Mogadouro porque é a terra onde nasci, onde dei os primeiros passos e onde tenho vivido muitos dos anos de vida que tenho.
O seminário teve lugar na Casa da Cultura, cedida gentilmente pela Câmara Municipal, presidida pelo Dr. António Morais Machado. O título foi Forum Interioridade: quando os desafios são oportunidades.
Intervieram o Dr. Alexandre Parafita, o Dr. Carlos Brito, os Professores António Machado Moura e João Sobrinho, este era então presidente do IPB – Instituto Politécnico de Bragança.
Todos falaram dos problemas da interioridade, mas também das oportunidades de vida que o interior nos pode proporcionar.