Durante a campanha eleitoral, era importante que os eleitores pudessem decidir o seu voto pela análise e observação dos programas eleitorais de cada uma das forças políticas concorrentes. Sem “ruído”, desinformação ou manipulação e, ao mesmo tempo, com seriedade e verdade de quem as apresenta, evitando situações como, por exemplo, a que Pedro Nuno Santos (PNS) protagonizou recentemente, prometendo abolir as portagens nas ex-SCUT do interior, quando ainda há 3 meses defendia o aumento brutal do IUC para as viaturas matriculadas até julho 2007. Também na educação, a questão da recuperação do tempo de serviço dos professores, levou ao caricato de termos o atual ministro da Educação, a defender essa impossibilidade e, ao mesmo tempo, enquanto apoiante da candidatura de PNS a Secretario Geral do PS, a considerar essa possibilidade como viável e exequível. É preciso coerência e verdade!
As propostas eleitorais devem ser estudadas, refletidas e ponderadas, do ponto de vista político, social e económico e se, possível, envolvendo a sociedade civil, neste processo.
Foi o que fez a Aliança Democrática (AD), que reuniu um conjunto vasto de especialistas, em diversas áreas, pegou em todo o trabalho que o PSD já tinha feito através da sua estrutura interna e apresentou, através do líder do partido Luís Montenegro, um conjunto de compromissos e ideias do programa. Os portugueses já ficaram a saber, entre outros, de três compromissos que destaco: (1) caso AD forme governo, apresentará um plano de emergência para executar até final de 2025 na área da saúde, assente em três eixos, começando pela diminuição dos prazos na marcação de consultas de saúde familiar, pela inclusão da teleconsulta, como uma alternativa ao atendimento presencial, e assegurando enfermeiro e médico de família recorrendo, também, aos setores privado, cooperativo e social. (2) A valorização das pensões mais baixas será uma realidade se a AD ganhar as próximas eleições, bem como se confirmará o aumento do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos para 820 euros numa primeira legislatura, prevendo-se a sua equiparação ao Salário Mínimo Nacional numa segunda legislatura. Para os pensionistas e reformados, a AD preconiza “um apoio a 100%” em medicamentos para idosos “em situações de comprovada insuficiência económica para doenças crónicas”. (3) Na área da Educação, há um compromisso de nos primeiros 60 dias de um executivo da AD, encerrar o tema da recuperação integral do tempo dos professores, com uma devolução faseada de 25% ao longo de quatro anos.
Esperança, confiança, rigor, compromissos, são os pilares da nova AD.
Até 10 de março, a AD tem a responsabilidade de conquistar a confiança dos portugueses. Mobilizar-nos-emos nesse sentido, pela força das ideias e pela consistência do projeto reformador e reformista que a AD apresenta, com os olhos postos no futuro de Portugal.
Com uma certeza: o poder emana do povo. E “o povo tem sempre razão”!