Sexta-feira, 26 de Julho de 2024
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A falência do serviço nacional de saúde

O SNS vive tempos muito difíceis!

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Os diversos problemas com que se debate agravam-se todos os dias e os responsáveis, o governo e os seus agentes, culpam tudo e todos sem assumirem e sem corrigirem os seus erros.

É realmente inacreditável que o governo de António Costa, no poder há oito anos, sempre com maioria, primeiro graças à “geringonça” e nos últimos dois anos com maioria absoluta do PS, nada tenha feito para inverter a queda do SNS.

Desde 2015, a degradação traduz-se em números oficiais que retirados do artigo de LFP, no jornal “Nascer do Sol”, de 05/01/24 aqui mostramos: 18 para cirurgia de cerca de 20% (de 197.401 em 2015 para 242.949 em 2022); o número de pessoas à espera da primeira consulta hospitalar aumentou de 521 mil em 2019 para 583 mil em 2022; o número de portugueses sem médico de família cresceu de 1.044.945 em 2015 para 1.711.982 em 2023; a redução do número de horas de trabalho semanais dos médicos de 40 h para 35 h, decidida pelo governo Costa, levou à quase falência de diversos setores hospitalares como, por exemplo, as urgências que segundo relatos permanentes das televisões, impõem aos doentes esperas de atendimento de 10, 15 ou mesmo 20 h; especialidades, como obstetrícia, pediatria, cirurgia, etc., colapsam diariamente em diversos hospitais; o recurso às horas extraordinárias com que se quer suprir estas deficiências é uma anormalidade e, por isso, é rejeitado pelos profissionais; a falta de atração do SNS leva a que centenas de vagas para o internato da especialidade e para médicos dos hospitais fiquem por preencher; a insatisfação generalizada dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e outros) é permanente como provam as demissões e as greves.

Alguns ministros falharam completamente como foi o caso de Marta Temido, que por pura opção ideológica contra os privados, acabou com as parcerias público-privadas e criou um ambiente de hostilidade que levou muitos profissionais, médicos e enfermeiros, a fugirem do SNS para o privado e para o estrangeiro na procura de melhores condições profissionais e materiais.

A incompreensível destruição das carreiras médicas a que se vem assistindo foi outro dos aspetos que contribuíram para o estado a que o SNS chegou. Aliás, não é só a saúde que passa por uma profunda crise já que o mesmo se verifica, por exemplo, na educação, na justiça e na habitação. As contas certas não justificam tudo, nomeadamente a falta de reformas no país que, nem com o dinheiro do PRR, o governo consegue implementar!! Embora os seguros de saúde tenham crescido e juntamente com a ADSE já abranjam 30% a 40% dos portugueses, a verdade é que os mais carenciados, os mais pobres, os desprotegidos, os idosos e os doentes crónicos, necessitam de uma proteção total que só pode ser dada pelo SNS. Nestes, o SNS não pode falhar!

A gestão dos recursos públicos exige conhecimento profissional, competência, planificação e controle mas também imaginação e criatividade que permitam encontrar as melhores soluções para resolver os problemas. Pensar que tudo se resolve com dinheiro é um erro, e a este propósito cito o Prof. Celestino da Costa que escreveu na sequência do 25 de Abril: “Dinheiro, toda a gente nos empresta – ou até nos dá… Homens ninguém nos dá: temos nós de os formar, de os educar, técnica e culturalmente”.

 

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