Todos os dias a televisão mostra imagens atrozes de guerras e violências. Crianças e jovens habituam-se a estas imagens. As cenas são tão violentas e repetitivas que não permitem reflexão sobre os próprios acontecimentos, e assim há uma banalização de imagens sobre guerras e violência, deixando em nós um sentimento de impotência perante as crueldades.
Há crianças e jovens que são verdadeiros sobreviventes, com a sua imaginação e o seu sentido de humor, todos já vimos nas televisões, nos livros e nos jornais, no cinema, retratos de jovens a defenderem a liberdade de armas na mão. Vimos cadáveres que morreram a defender a liberdade de armas na mão…todos já vimos mas não fazemos nada, ou fazemos muito pouco.
Quando um país vencia outro país, ficava duas vezes maior, mas também ficava duas vezes mais cansado e destruído, arrasado. Quando um país vencia outro país, tinha duas vezes mais pessoas com fome.
Havia um país maravilhoso, organizado que nunca estava cansado. Era um país abençoado, bonito, radioso. Os soldados jogavam à bola. O campo não tinha marcação. Era lindo aquele país. As balizas eram definidas por capacetes de soldados diferentes. Esses soldados tinham desistido da guerra: sentiram que a paz lhes daria a vitória final. Os golos eram festejados por todos com euforias e abraços. Havia alegria. Havia futuro porque havia esperança.
A temática da paz nunca foi tão importante. Cabe aos professores esse papel tão relevante e fundamental. Cabe aos professores recolherem informações de todos os géneros literários sobre esta temática – poemas, novelas, contos, ensaios, excertos de peças de teatro e de bandas desenhadas. Cabe aos professores trabalharem sobre a dinâmica da importância da paz, sensibilizando os alunos para a sua importância na construção de um futuro feliz para todos.
É preciso falar da paz com entusiasmo e isso cabe muito aos professores, lembrando aos seus alunos a simbologia da mensagem que o poeta cantou: “aquela pomba branca, todos a querem para si”.
Um grande compositor, em criança receara os mortos, temia que eles se erguessem das sepulturas e o agarrassem arrastando-o para o chão frio e negro. Com o decorrer da idade, esse medo desapareceu lentamente, porque as mãos dos vivos se haviam revelado mais temíveis. Esse compositor era Chostakovich. Ele achava que uma boa educação nos jovens seria a chave para que as sociedades se respeitassem. A música, essa tinha um papel fulcral como arma vital para apaziguar os ímpetos dos desordeiros. Se todos sentissem o poder da música, o mundo seria um oásis, um mundo de harmonia e tolerância.