Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Adérito Silveira
Adérito Silveira
Maestro do Coral da Cidade de Vila Real. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Justo aplauso para a Banda da Cumieira e coros

Os concertos de Reis que a Banda da Cumieira realizou, irão ficar perpetuados na memória daqueles que tiveram a felicidade de presenciarem dois espetáculos: um na Igreja Matriz da Cumieira no dia seis e outro no dia sete na Sé de Vila Real.

A Ideia foi fabulosa.

Assistiu-se a dois momentos a merecer todos os elogios, dada a qualidade do programa e a entrega apaixonada e vigorosa dos intervenientes – coros e banda.

Na excelência do maestro Alexandre Fraguito, os concertos foram o testemunho da música como linguagem universal que toca os corações. Vozes e instrumentos foram a revelação de uma arte que espanta e revolve para um indefinível mundo de glória e prazer.

Cumieira é agora uma terra onde a música faz parte do quotidiano na vida dos seus habitantes. A sua banda, formada atualmente pelo entusiasmo da juventude, está a gerar uma dinâmica sedutora na esfera pública no campo musical.

Um imponente plantel de cantores, formado pelos coros da Cidade de Vila Real, dirigido por Adérito Silveira e o coro local – Turma de Adultos da Escola de Música da B.M.C – trabalhado pelo Ricardo Silveira, conjuntamente com a Banda da Cumieira, interpretaram, “Cantai Pastores” e “Contos da Lua Nova”. Esta partitura levou ao rubro a assistência e os próprios artistas. Trata-se de uma obra grandiosa que gera fortes emoções, fazendo renascer a cada momento ondas de prazer.

Notável a energia rítmica desta obra de Afonso Alves, revestida de densidade que catapulta os movimentos para a apoteose da vida naquilo que ela tem de vivo e empolgante. Esta partitura é simplesmente genial. Música de ventos, moinhos, dulcineias, de suspiros, música densa e diáfana, dirigida superiormente pelo maestro Alexandre Fraguito. A primeira parte dos concertos foi preenchida pela Orquestra Juvenil da B.M.C. O seu maestro, Afonso Cécio mostrou a sua arte, insuflando graciosidade e precisão de movimentos.

No concerto na Cumieira, foi distinguida uma personalidade admirada na terra. José Esteves é um músico inspirador, com alma e verve, apaixonado pela sua banda e que ao longo de seis décadas vem dinamizando uma coletividade que ama com denodada paixão. Foi um momento de delírio e emoção. Homens como José Esteves continuam a fazer falta nas nossas coletividades filarmónicas.

Na verdade, os Reis continuam a ser o “Caminho” da libertação da humanidade que pela exaltação da “música”, as portas se abrem a todos aqueles que aspiram às leis universais do amor.

Os dois concertos foram apresentados pela voz doce e poderosa, límpida e cintilante da presidente da banda – Professora Ivete Gonçalves Lopes. A sua presença e simpatia deram mais brilho a este projeto vitorioso. Cumieira continua a ser inundada de música.

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