Sábado, 27 de Julho de 2024
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António Martinho
António Martinho
VISTO DO MARÃO | Ex-Governador Civil, Ex-Deputado, Presidente da Assembleia da Freguesia de Vila Real

Um ano de guerra, muitos gestos solidários

O aniversário que passou no passado dia 24, se nos lembrou o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, brutal como são todas as guerras, incompreensível e sem sentido, também nos proporcionou a lembrança de que a solidariedade existe e pode ajudar a fazer deste mundo um sítio melhor para viver.

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A nós e aos outros, claro. Afinal, num mundo em que se tornou quase indispensável estar conectado com outros, é fundamental tomar consciência e assumir que todos fazemos parte deste mundo, que construímos, ou destruímos, a cada dia, com ações individuais e coletivas. É com esse sentido que se deve usar a palavra solidariedade, como uma grande rede em que todos podem dar e, ao mesmo tempo, estão aptos a receber. O objetivo é comum: fazer do mundo um lugar melhor para todos, independentemente do credo, cor, género ou classe social.

Se o ano que passou foi pródigo em acontecimentos nefastos, em que os direitos humanos foram sistematicamente violados pelos invasores, é sempre bom constatar o que de bom se foi fazendo em prol dos refugiados, dos deslocados, dos perseguidos e violados. Foram muitos e diversificados, os gestos solidários. Na fuga à guerra, mas também na criação de condições para que a vida possa continuar nas suas próprias localidades.

Concertos por cá, ou em cidades como Lviv, oferta do produto de vendas de músicas, o leilão de uma camisola CR7, iniciativas de estudantes, ou de cidadãos, simplesmente conscientes que este mundo é uma casa comum, onde todos temos o direito a viver com dignidade. Pela proximidade, e porque evidencia a capacidade de trabalho em rede, envolvendo o município, juntas de freguesia, empresas e cidadãos a título individual, julgo poder destacar o que aconteceu em Sabrosa, com trabalhadores da Câmara Municipal a organizarem-se, a contactarem empresas, juntas de freguesia e outras vontades de ajudar e prepararam uma viagem de 3 500 km até à fronteira da Ucrânia. Levaram em duas carrinhas de 9 lugares medicamentos e produtos de higiene. Trouxeram 13 pessoas, 10 mulheres e 3 crianças, que a guerra obrigara a fugir. A Câmara havia preparado uma escola, onde já não havia aulas, para os receber e providenciou o apoio inicial. Ali encontraram a casa que haviam perdido e uma comunidade que as recebeu e apoiou. Fizeram os registos necessários nos respetivos serviços públicos e o contrato emprego-inserção proporcionou alguma estabilidade. Fez-se um mundo um pouco melhor.

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