Sábado, 27 de Julho de 2024
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Adérito Silveira
Adérito Silveira
Maestro do Coral da Cidade de Vila Real. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Bandas de Mateus e Lira Nossa Senhora da Estrela

Esta coisa maravilhosa e que tão facilmente nos toca, é certamente a música.

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O meio em que se vivia em Mateus era propício ao gosto pela música, porque ela ouvia-se por todas as casas, por todos os lugares. Eram vivências emocionais que atingiam fronteiras inexprimíveis, até porque há portas no infinito que não resistem ao ímpeto dos sons e dos silêncios.

E as Bandas de Mateus e Lira Nossa Senhora da Estrela- Açores, tocaram e encantaram em concertos recentes. 

Há dias a Avenida Carvalho Araújo perfumou-se com os sons empolgantes daquela simpática coletividade. Para além do simbolismo do lugar, em frente da estátua Carvalho Araújo, a Banda dos Açores mostrou uma arte cheia de expressão e força pela batuta mágica de precisão gestual, ora serena e contemplativa, ora arrojada e arrebatadora. Na verdade, o maestro e professor, Roberto Martins, sabe bem do ofício porque a música facilmente lhe invade a alma. Assim, a sua estreia nesta cidade, foi naturalmente marcante e histórica. Estreia triunfal a convite de Mateus que com este gesto impregnado de nobreza, as duas coletividades ficaram coladas pelo diapasão da fraternidade que as levará a projetos comuns.

A arte das musas em Mateus fazia parte de tudo o que era o mundo das pessoas. A música crescia com elas e o embrião desenvolvia-se. Hoje, ela continua a ser um filão de oportunidades para os jovens, uma escola viva. E nós ouvimos a Banda de Mateus com um olhar que vem da alma, porque se sente e vibra quando os sons se fundem com tudo o mais que a vida tem.

E Mateus esteve em concerto na Campeã tocando com enlevo e devoção para um numeroso público devoto a Santa Ana. Aqui, mora gente simples e de trabalho, entusiasta por Mateus e a sua banda. Campeã é uma vastíssima terra onde em 1790 nasceu Frei Vicente que havia de ser iluminado por uma centelha divina, fundando em Mateus uma banda de música. 

Foi de facto um concerto de execução marcante pela exuberância artística de todo o conjunto. O público foi impressionante como ouvinte e apoiante…sentado em cadeiras ouvia melhor porque o silêncio era de oiro e os sons entravam em cada um com a sua identidade própria e força comunicativa.

O timbre da banda é inconfundível de uma riqueza fluida e contagiante… O Maestro Carlos Pereira foi perfeito na direção mostrando uma interpretação galopante ao ritmo das partituras. Seguro e galvanizante, insuflando verve e charme; sedução e contágio…É bonito ver maestros que imprimem fantasia, graciosidade e liberdade aos seus movimentos.

Seria deselegante, porque injusto, não mencionar a Banda de Tarouca, também presente no concerto…uma formação bem afinada onde pontificam jovens com talento e futuro. O maestro foi competente, onde se augura um futuro brilhante.

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