Sexta-feira, 26 de Julho de 2024
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Armando Moreira
Armando Moreira
| MIRADOURO | Ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Real. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Ferrovia Boas Notícias

A Liga dos Amigos do Douro Património Mundial – LADPM, fundada pelo Prof. Miguel Cadilhe há dezoito anos, – e a que tivemos a honra de presidir durante uma década –, inscreveu, desde cedo, na sua génese lutar pela recuperação da Linha do Douro, como um dos grandes eixos patrimoniais nas ligações, desde o Porto de Leixões até Salamanca em Espanha, conforme seu traçado inicial construído na segunda metade do século XIX.

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Num momento em que a comunidade científica tanto se preocupa com as alterações climáticas, a ferrovia é um dos meios a contribuir para a descarbonização, porque retira o seu agente mais poluidor, o automóvel ligeiro e pesado, muito cómodo para o seu utilizador, mas insustentável se queremos retirar o carbono da atmosfera.

Pela mão da LADPM e da Fundação Museu do Douro, chegou ao Parlamento uma petição com 13 888 assinaturas, dando voz e corpo à vontade da Sociedade Civil Duriense, para que ali se discutisse a problemática da via-férrea do Douro. A discussão teve lugar no dia 11 de março, tendo merecido a apresentação do Projeto de Resolução por parte de cinco partidos de quadrantes políticos muito díspares, todos eles convergindo no mesmo propósito. Mais surpreendente e absolutamente extraordinário o facto de todos os projetos de resolução terem sido aprovados por unanimidade. Quantas vezes tal resultado terá acontecido no Parlamento?

A ferrovia está na ordem do dia na Europa, onde se procura a harmonização das bitolas, que tem sido um dos grandes entraves à expansão deste meio de transporte. Agora, com a concordância já da Assembleia da República, o Ministro das Infraestruturas tem toda a força política para apresentar este projeto, como prioritário a financiamento pelo tão badalado Programa de Recuperação e Resiliência.

Se este não é um programa de recuperação, digam-nos então o que significa o termo recuperação.

Miguel Torga afirmava que somos um povo indignado, mas não passamos disso.

Ousamos pedir aos nossos deputados oriundos deste Douro, que a todos nos une, que se empenhem fervorosamente, no desígnio de requalificar esta linha. A retirada do automóvel (em particular do pesado de transporte) das nossas estradas, para acabar com o carbono na atmosfera, exige o empenho de cada um de nós e, fundamentalmente, dos responsáveis políticos.

Tomemos como nossas as palavras do Dr. António Filipe, atual presidente da LADPM: o Plano Ferroviário Nacional não poderá deixar de contemplar a requalificação integral da Linha do Douro, até Barca de Alva.

Acordem, senhores governantes!

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