Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
No menu items!
Luís Tão
Luís Tão
Vereador do PSD na Câmara Municipal de Vila Real

Sejam bem-vindos!

A emigração em Portugal é um fenómeno que tem uma longa história. Em diferentes momentos, os portugueses emigraram para outras partes do mundo, em busca de oportunidades económicas, melhores condições de vida e escapando a crises e dificuldades em Portugal.

Durante o século XX, em particular, Portugal passou por períodos de instabilidade política, incluindo a ditadura do Estado Novo, que durou de 1933 a 1974. Esse período levou a uma emigração significativa, especialmente para países como França, Alemanha, Suíça, Luxemburgo, Canadá, Estados Unidos e Brasil.

Nos últimos anos, houve um aumento na emigração de Portugal, em parte devido à crise financeira que começou em 2008 e que afetou negativamente a economia do país. Muitos jovens portugueses têm procurado oportunidades de trabalho em outros países da Europa e do mundo.

A emigração em Portugal tem, pois, implicações sociais, económicas e culturais, tanto para o país de origem quanto para os destinos dos emigrantes.

O regresso dos “nossos” emigrantes a Portugal é um fenómeno significativo em certas épocas do ano, como o Natal, a Páscoa, mas é sobretudo no verão, particularmente em agosto o tempo da “peregrinação” dos emigrantes às suas terras de origem. Neste tempo de férias, vindos de todos os cantos do mundo, os portugueses da diáspora regressam ao país, à terra, a casa, à família. É aqui que têm as raízes e este é o momento de matar saudades, de rever amigos, de carregar baterias, desfrutar de momentos com seus entes queridos e participar em festas e eventos locais.

Dados nacionais revelam que 90% dos nacionais emigrados se fixam, quando regressam em definitivo, na freguesia de onde partiram. Assim, as câmaras municipais e as juntas de freguesia são naturalmente os seus pontos de referência. É por isso responsabilidade dos Municípios, habilitar e preparar a estrutura municipal para o bom funcionamento dos serviços de apoio aos emigrantes, que estes possam tratar de assuntos presencialmente, quando estão connosco, de forma eficaz e rápida.

O Estado tem legislação e criou incentivos para promover o regresso definitivo dos nossos emigrantes e seus familiares, quando o desejarem.

O nosso Município deve estar preparado para o regresso definitivo (ou temporário) dos nossos emigrantes para que, independentemente das circunstâncias, os nossos emigrantes sejam bem acolhidos e integrados nas comunidades onde pretendem residir, temporária ou definitivamente.

O regresso temporário dos “nossos” emigrantes movimenta consideráveis benefícios económicos para o nosso concelho. O regresso definitivo representaria um acréscimo também a este nível, para além de outras vantagens ao nível económico, social e cultural que se verificaria nas comunidades onde passassem a residir, definitivamente.

Por ora, desejo que a ânsia da chegada ao destino, nas viagens “para cá e para lá”, não retire discernimento, responsabilidade, segurança e tranquilidade às deslocações, naturalmente para aqueles que as façam de automóvel, uma vez que o mais importante é que cheguem bem!

Boas Férias!

OUTROS ARTIGOS do mesmo autor

Da Liberdade à Democracia

A força do progresso

Uma de sessenta

Educação: uma boa aposta!

NOTÍCIAS QUE PODEM SER DO SEU INTERESSE

ARTIGOS DE OPINIÃO + LIDOS

Notícias Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS