Este local designa-se por quinta dos Cedros.
Um lote nº1 de cerca de 11000m² destinado ao hipermercado Mercadona. Neste loteamento, o híper não pode ser dissociado de outros 6 lotes, sendo um para comércio e serviços e os restantes 5 serão prédios de 5 pisos destinados a habitação coletiva, com pouco menos de 19 000 m² de área de construção, que pode dar origem entre 150 a 175 apartamentos, pois na tipologia atual (T1, T2, T3 e T4) são cada vez mais pequenos e com preços proibitivos, cada vez mais inacessíveis à maioria dos vila-realenses. É esta a política de habitação socialista.
Mas, sobre este assunto, prefiro aguardar pelo relatório da CCDRN, pois, segundo sei e em informações que recolhi, poderá haver interpretações na aplicação da lei que suscitam muitas dúvidas, podendo indiciar alegadamente algum favorecimento, como distâncias, linha de água, áreas de cedência verdes, equipamentos e infraestruturas de utilização coletiva. Pela volumetria proposta e não tendo nenhum mestrado em trânsito, prevejo um aumento significativo deste, e eventuais engarrafamentos na rotunda do quartel e consequentes acessos.”
A quinta dos Cedros, com os seus mais de 3 hectares, é atualmente uma zona verde, o município tem apostado fortemente na redução do CO2, com as bicicletas, rotas verdes e com as trotinetes, que estão a ser abandonadas pelas grandes cidades europeias, face ao número excessivo de acidentes, mas, neste caso, e com a ajuda do “excelente” PUCVR das correções materiais, a autarquia apresenta este projeto, como coordenadora, onde poderemos ter um exagerado número de habitações e, consequentemente, um aumento drástico do CO2. Porquê?
Sou favorável à iniciativa privada, mas há investimentos que devem ser feitos de forma sustentada e planeada, não me parece que esta avaliação tenha sido feita de forma adequada, em relação à instalação do Mercadona, mas como esta autarquia até é socialista, denota aqui algumas situações pertinentes:
A inexistência de um planeamento, colocar o Mercadona a 100m do Continente, a 200 do Aldi e a 650 do Intermarché, é inútil e redutor, vai causar bastantes constrangimentos, que me deixa na dúvida se o objetivo principal será instalar o Mercadona ou os 6 lotes para construção, devido à falta de habitação “social”, porque destas, em 10 anos, não construíram nenhuma.
Em relação à criação de postos de trabalho, uma das bandeiras do edil nº1, irão ser criados, provavelmente, cerca de seis dezenas, mas poderá haver também o reverso da medalha, isto é, pequenos minimercados vila-realenses fecharem as portas….
Concluo com uma questão, porque é que a autarquia socialista, como entidade coordenadora, aceitou apresentar este “mega” projeto?