Contudo, as primeiras jornadas levantaram muitas dúvidas sobre a real capacidade do plantel. Para tal, contribuíram os muitos casos de Covid -19 que afetaram o grupo de trabalho.
Quando em novembro os “Valentes Transmontanos” perderam, no seu Estádio, com o Mafra, poucos seriam aqueles que vaticinariam um final feliz.
Seguiu-se uma dupla jornada, na condição de visitantes, e temeu-se que a equipa caísse nos lugares perigosos da classificação. No entanto, a vitória no terreno do Covilhã mudou tudo e o triunfo em Coimbra devolveu alguma tranquilidade e afastou o pior dos cenários. A partir daqui, com um futebol de grande qualidade, dinâmico e que foi entusiasmando os adeptos, os transmontanos começaram uma recuperação que os levou ao topo da classificação.
Entretanto, outras equipas foram afetadas pela Covid-19 e os flavienses estiveram um mês sem competição. Tal situação, obrigou-os a fazerem oito jogos num mês. Uma sobrecarga, densidade e ritmo competitivo a que as nossas equipas não estão habituadas. Esse esforço teve o seu preço: derrota em Penafiel, colocando um ponto final a 12 jogos de invencibilidade, e empate com o Porto B. Dois percalços que poderiam ter comprometido o objetivo. Sentiu-se um abalo, mas a equipa não caiu!
Com o regresso das semanas limpas, voltaram os bons desempenhos e a escalada na tabela classificativa, levando a que no derradeiro encontro a equipa flaviense discutisse a subida direta no reduto do Rio Ave. Infelizmente, não o conseguiu, sendo relegada para o play-off.
Nas duas partidas, os jogadores demonstraram que queriam gravar o seu nome na história do clube e, no cômputo geral, foram mais fortes, mais competentes, acabando, merecidamente, por subirem de divisão.
Numa competição muito dura e competitiva, a subida dos flavienses é uma recompensa para todo o grupo de trabalho que sofreu muito, mas acabou a soltar os foguetes!
Por norma, os jogadores são egoístas. Contudo, há que salientar que muito do sucesso deste grupo de trabalho esteve no facto de trocar a primeira pessoa do singular, pela primeira do plural. Esse sentimento, essa união (exemplificada pelo abraço dos três guarda-redes no final do jogo em Moreira e Cónegos), esse compromisso, foi a base da subida. Naturalmente, aliado à qualidade do plantel, porque sem isto…
Destaco também o trabalho extraordinário de valorização dos ativos e altamente competente do treinador Vitor Campelos.
Estão todos de parabéns, incluindo os adeptos que, apesar das críticas, estiveram sempre de corpo e alma com a equipa.
Como adepto, resta-me dizer: obrigado por devolverem o mágico ao seu lugar!