Alfredo Mota

No artigo anterior escrevi algo sobre o “pensamento” e, a propósito, prometi escrutinar a minha memória/pensamento acerca da minha vida de médico para tentar responder às perguntas – Porquê e Como? 

O escritor Fernando Dacosta, num livro sobre Amália Rodrigues, salienta que: “Camões deu-nos a Palavra, Pessoa o Pensamento e Amália a Voz”. 

Hipócrates (460-377 a.C.) o “Pai da medicina” cedo, há mais de 2000 anos, se apercebeu que: “A doença é uma alteração da ordem estabelecida”, isto é, algo que a natureza estabeleceu e que foi alterada por comportamentos impróprios ou por fatores externos.

Confesso que as eleições europeias me desiludiram profundamente. O altíssimo nível de abstenção, 68%, vem demonstrar que a grande maioria dos portugueses não interiorizou a importância que a Europa teve, tem e terá para o nosso país. E, no entanto, a Europa significa para nós liberdade, paz, direitos sociais, cultura, riqueza, qualidade de vida, etc. 

No passado dia 2 o PSD e o CDS resolveram dar, de mão beijada, a António Costa e ao PS uns milhares de votos para os próximos atos eleitorais.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) surgiu na sequência da implementação do estado‑providência, enorme conquista social do séc. XX

Winston Churchill (WC) foi um dos maiores políticos mundiais do século XX e, sem dúvida o maior e mais popular da Grã-Bretanha (GB) como ainda recentemente o povo inglês reconheceu num inquérito. 

O que é o Natal? Os católicos dirão que é a data do nascimento de Jesus – do Menino Jesus.

Convidado para escrever para o último número da revista “Perspectiva. Revista de Partes” sobre o tema “Identidade” venho partilhar convosco algumas das reflexões que fiz a esse propósito. 

Hoje em dia, é vulgar ouvirmos pessoas referirem-se à qualidade de vida (QV): “Eu moro numa rua com uma QV péssima devido à poluição automóvel”; “No país X a QV é muito má porque o clima é péssimo”; “A cidade Y, com os esgotos a céu aberto, não tem QV”.

Dois livros recentemente publicados, “Lavrenti Béria.

Continuando este tema que iniciámos no artigo anterior, abordamos hoje um caso que envolve não só a Medicina e a Arte, mas também a religião.

Convidado para fazer uma conferência sobre “Medicina e Arte” nas 18as Jornadas de Urologia em Medicina Familiar em Lisboa, no âmbito de uma homenagem que os organizadores entenderam fazer-me, ocorreu-me partilhar com os leitores deste jornal algumas reflexões sobre o tema. 

A esquerda portuguesa (PCP e BE) mais uma vez mostrou toda a sua hipocrisia e demagogia a propósito do caso “Raríssimas”. 

Winston Churchill (WC), Primeiro-Ministro inglês, durante a última grande guerra, ficou conhecido como um dos maiores políticos, senão o maior, do século passado. A sua carreira política foi de tal forma rica e reconhecida que, praticamente, passou despercebida a sua conquista do Prémio Nobel da literatura, em 1953.

A minha avó paterna, Maria Luísa, nascida em Vilar de Maçada, emigrou para o Rio de Janeiro, Brasil, no início do século passado, em 1904, tinha então 18 anos.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, no recente discurso do estado da União pronunciado no passado dia 13, no qual veio propor a estratégica que defende para o futuro da Europa unida, disse a determinada altura referindo-se aos limites geográficos da União Europeia “não nos enganemos, a Europa estende-se de Vigo a Varna. Da Espanha à Bulgária”. 

Dois livros, recentes, de autores transmontanos falam-nos da nossa terra o que é motivo para leitura obrigatória.

A ética e a deontologia nunca nos deverão abandonar, mesmo quando “a sociedade moderna quer gerir o que outrora cabia ao destino”, como é o caso do aborto e da eutanásia. 

Sou um confesso adepto de futebol desde que me conheço. 

Temos que concordar que o Primeiro-Ministro António Costa amarrou bem comunistas e bloquistas no apoio ao governo PS de tal modo que, C. Martins e Jerónimo de Sousa estão manietados.

Deixou-nos, recentemente, o Dr. Mário Soares. Foi, indiscutivelmente, um dos maiores políticos dos últimos 50/60 anos do nosso país. Por muitos é considerado o pai da democracia.

Se Miguel Torga, como referi no último artigo, foi um escritor-médico por sempre ter dado prioridade à escrita sobre a medicina, João Lobo Antunes (JLA), recentemente falecido, foi o paradigma do médico-escritor. 

Como escrevi no primeiro artigo sobre este tema a distinção entre médicos-escritores e escritores-médicos é simples dependendo da primazia de uma ou outra arte.

A mitologia estabelece que a medicina teria sido fundada por Asclépio filho de Apolo e de uma mortal. Apolo era o deus da poesia e Asclépio o deus bastardo da medicina. Esta simbiose entre os deuses da poesia e da medicina explicaria a relação entre medicina e literatura. O 17º descendente de Asclépio terá sido Hipócrates, pai da medicina.

Conheci João Lobo Antunes (JLA) no Conselho Superior Médico-Legal e através dos seus livros que li e reli e a que recorro frequentemente. Falecido prematuramente aos 72 anos, no passado dia 27, devido a doença oncológica, deixou uma obra notável como médico, universitário, homem de cultura e pensador.

Não sou político no sentido militante do termo, mas exerço os meus direitos cívicos e de cidadania quando para tal sou chamado e não deixo de estar atento à ação governativa, à intervenção partidária e à participação da sociedade civil nas questões do país que a todos dizem respeito.

Como já perceberam ao longo das crónicas que venho escrevendo neste jornal as minhas paixões como médico foram e são a Urologia e a Transplantação Renal. Especializei-me em urologia em 1979 e logo a partir de 1980 iniciei a minha atividade em transplantação renal (TR).

A propósito da minha aposentação das funções hospitalares de Diretor do Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o meu sucessor, Prof. Dr. Arnaldo Figueiredo, coadjuvado pelos médicos do Serviço, organizou, no passado dia 23 de Junho, um “Encontro Científico de Urologia e Transplantação Renal.